O servidor público suspeito de desviar mais de R$ 3 milhões da prefeitura de Rio Negrinho, no Planalto Norte Catarinense, foi denunciado por peculato e falsidade ideológica pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele foi preso em 11 de outubro durante a Operação Intaraneus, que apura o desvio milionário por meio transferências bancárias.
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A denúncia foi apresentada na sexta-feira (20) pela 2° Promotoria de Justiça de Rio Negrinho. O suspeito é investigado por 30 crimes de peculato e 25 de falsidade ideológica, que teriam sido praticados entre setembro de 2022 e outubro deste ano.
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O prejuízo seria de R$ 3,3 milhões, sendo que parte dos valores foi recuperada durante a operação no início do mês por meio da apreensão e bloqueio de veículos, imóvel, maquinário, aplicações financeiras e bens que, supostamente, foram adquiridos com as verbas desviadas.
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Ainda segundo o MP, um novo mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do servidor nesta sexta-feira. Na ação, foram recolhidos objetos de luxo, eletrodomésticos e eletrônicos.
De acordo com o Ministério Público, as investigações apontam que o valor foi transferido para contas bancárias pessoais e de empresas que pertencem ao investigado. O suspeito atua na Secretaria de Finanças. Segundo o prefeito Caio Treml, ele atua há dez anos na mesma pasta e há dois meses havia assumido o cargo de secretário. O próprio governo municipal denunciou o caso ao Ministério Público após os controles de fiscalização apontarem que o funcionário público estava fazendo os desvios.
— No último dia 5, quando todo mundo estava na enchente, cuidando dos seus bens, cuidando de suas vidas, esse servidor fez mais um depósito para a conta da sua empresa. No mesmo momento, conseguimos fazer o flagrante dele e encaminhar toda essa documentação pra promotoria pública — destacou o prefeito em pronunciamento nas redes sociais.
A operação contou com apoio de agentes do Gaeco, prefeitura e Polícia Científica. O investigado segue preso preventivamente.
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