Um servidor público de Lages, na serra catarinense, foi afastado e preso temporariamente nesta terça-feira (2) por suspeita de superfaturamento de operações judiciais de busca e apreensão. Em nota, a comarca esclareceu que ele e outras duas pessoas são investigadas pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e falsidade ideológica.
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Segundo o Ministério Público, o funcionário era coordenador da Central de Mandados. O processo corre em segredo de Justiça. Uma fonte anônima contou ao Diário Catarinense que o servidor cobrava, por exemplo, os valores pela operação de busca e apreensão de um carro que estava ao seu lado, mas afirmava que o veículo estava em outra cidade – o que implicaria em custo maior.
Em nota, o Tribunal de Justiça da comarca de Lages esclareceu que o homem foi suspenso do exercício da função pública de servidor e teve “o bloqueio de senhas de uso pessoal, de sistemas internos e externos vinculados ao Poder Judiciário, além da quebra de sigilo bancário”.
Segundo o fórum, a direção da unidade já solicitou ao Tribunal de Justiça a “abertura de um procedimento disciplinar para apurar a conduta do servidor no âmbito administrativo, que deverá ser aberto nos próximos dias.”
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Confira a nota na íntegra
“A Justiça Criminal da comarca de Lages decretou a prisão temporária, por cinco dias, de um servidor público lotado na comarca local e de outras duas pessoas, todos investigados em procedimento que apura a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e falsidade ideológica.
Narra o pedido do Ministério Público que o servidor, na função de coordenador da Central de Mandados, obtinha valores de diligências de mandados não cumpridos em ações de busca e apreensão.
A unidade determinou ainda a suspensão do exercício da função pública do servidor e o bloqueio de senhas de uso pessoal, de sistemas internos e externos vinculados ao Poder Judiciário, além da quebra de sigilo bancário. O processo tramita em segredo de Justiça.
A direção do Fórum da comarca de Lages, por sua vez, já solicitou ao Tribunal de Justiça a abertura de procedimento disciplinar para apurar a conduta do servidor no âmbito administrativo, que deverá ser aberto nos próximos dias”
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