O servidor da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Faema) preso em flagrante nesta sexta-feira suspeito de ter pedido propina de R$ 3 mil em uma oba no bairro Fortaleza, em Blumenau, não tinha o poder de fazer autuações em construções irregulares. Carlos Alberto Gonçalves, 45 anos, ocupava o cargo de gerente de fiscalizações, e tinha como atribuições justamente fiscalizar o trabalho dos fiscais que vão a campo para apuar possíveis irregularidades.
Continua depois da publicidade
A informação sobre as atribuições de agente foi confirmada pelo presidente da Faema, Éder Boron. Além disso, Gonçalves era servidor comissionado e estava no cargo há menos de quatro meses. A portaria com a nomeação dele é de 22 de março deste ano.
Após a prisão de Gonçalves, na tarde desta sexta-feira, o presidente da Faema assinou a portaria que o exonera do cargo.
CONTRAPONTO
O advogado Franklin Assis, que representa Carlos Alberto Gonçalves no caso, afirmou à reportagem que acompanhou o cliente na delegacia de polícia e orientou que ele ficasse em silêncio durante o depoimento. Assis diz que Gonçalves não chegou a pegar o dinheiro, e por isso, a suposta transação não teria acontecido.
Além disso, o advogado informou que a prova, que seria uma gravação, teria ficado no aparelho celular entregue à polícia, que não teria tido o manuseio autorizado para que o sigilo fosse quebrado. Assis aguarda um parecer da Justiça, para que isso seja feito.
Continua depois da publicidade
O advogado afirmou à reportagem que vai pedir a liberdade provisória do cliente, uma vez que Gonçalves não tem antecedentes criminais e possui residência fixa.