Servidão da Prainha, Barra da Lagoa. Do outro lado da ponte de ferro, depois do canal da lagoa em um ruazinha tão estreita que duas bicicletas não passam juntas. Esse canto da cidade de Florianópolis se consolidou como referência da Ilha de Santa Catarina para os estrangeiros que buscam tranquilidade, belas praias e natureza.
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O lugar, que é até desconhecido para moradores da cidade, agrada os estrangeiros pela proximidade da praia e que chama atenção nas classificações de sites especializados. E quem é de Floripa e ainda não conhece, se surpreende com o fato de a pequena rua abrigar albergues e pousadas que são o endereço dos turistas durante uma semana, 15 dias, meses.
Eram 11h da manhã quando três amigos australianos chegaram no Barra Beach Club Hostel. Recém chegados do aeroporto, irão passar uma semana na cidade e depois seguem para o Rio de Janeiro e, em seguida, Peru.
– Nós procuramos pela internet. Vimos belas fotos da cidade e decidimos conhecer – explica Patrick Kansella, 21 anos.
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Impressionado com a beleza do lugar, em frente a Prainha da Barra, Max Ahles, 22, definiu de forma bastante simples o lugar.
– Incrível, muito relaxante.
No mesmo albergue também estão hospedadas as amigas Ruta Auksmukste, 29, e Anete Muldere, 27. As duas são da Letônia e receberam a dica do lugar enquanto estavam na Argentina, há três dias. Às 15h, elas voltaram do supermercado, com uma melancia, miojo sabor galinha caipira e um abacaxi. As duas iam preparar o almoço e a sobremesa.
– Não planejávamos vir aqui, mas duas amigas alemãs que conhecemos em Buenos Aires nos convenceram a vir para cá – explica Anete.
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Pablo Leyrado, argentino de 27 anos, trabalha há 3 no albergue. Segundo ele, o que chama a atenção dos turista é que o lugar oferece uma perspectiva diferente daquela que eles estão acostumados a viver.
– Aqui não tem acesso de carro, só a pé por uma ponte. Tem uma praia pequena quase reservada. O pessoal vem procurando o contrário do que estão acostumados – avalia Pablo.
Exemplo disso é Kim Le Geyt, 22 anos. Há seis meses ela viaja sozinha pela América do Sul e se encaminha para o final da sua viagem que durará até o Réveillon no Rio de Janeiro.
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– Florianópolis não é um dos lugares melhores ranqueados. Não está entre “cinco não deixe de ver”, mas bem por isso me atraiu. Agora queria algo bonito mas não cheio de gente. Aqui é maravilhoso.
Outro albergue que opera na Servidão da Prainha é o Banana Beach Hostel. O albergue chegou a operar com até 120 lugares, mas reduziu a capacidade final para no máximo 94 hóspedes. A casa é enorme: com três andares que se dividem em quartos com até 10 camas.
– Quem fica em hostel busca integração, conhecer gente. Por isso, os albergues tentam oferecer diversas atividades como festas e pequenos – disse Chesman Oliveira, gerente do albergue.
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Letícia Nunes é proprietária do Backpackers Share House Floripa, também localizado na Servidão da Prainha. O albergue foi um dos primeiros na região e tem todas as sacadas voltadas para o canal da Barra da Lagoa.
– Ao atravessar a ponte do canal parece que se mergulha em outro lugar. As pessoas vem para cá em busca dessa atmosfera, de conhecer gente e estar em um lugar bonito – avalia Letícia.
