O setor de serviços, um dos mais importantes na composição do PIB, sofreu queda de volume de 0,6% em Santa Catarina entre agosto e setembro. O volume de atividades do segmento está 8,5% menor que em setembro de 2015. Foi o segundo pior índice em doze meses – o pior foi registrado em julho. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

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Todos as cinco atividades analisadas registraram diminuição no volume, com destaque para transporte e correios, que tiveram o pior resultado no acumulado do ano (-14,6%) e nos 12 meses (-13,4%).

Em relação às receitas, setembro foi o 21º mês consecutivo em que os serviços tiveram variação abaixo da inflação no Estado. A redução nominal foi de 3,1% em setembro em relação a agosto. No ano, acumulam redução de 7,4%, e também de 7,5% nos doze meses imediatamente anteriores a setembro.

O economista da Fecomércio SC, Luciano Córdova, explica que o setor sofre influência de diversos fatores, como o nível de emprego, renda das famílias, comportamento da indústria, volume de vendas no comércio e contratações de serviços pelo governo.

— O faturamento do setor não consegue fazer frente ao aumento dos custos. Assim, diminui cada vez mais a capacidade de manter uma boa saúde financeira. Esta situação já está trazendo fortes impactos negativos ao retrair as margens de lucro e os investimentos, enquanto aumentam as demissões – afirma Córdova.

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Em nível nacional, foi o pior mês de setembro desde 2012, com queda de 0,3% no volume entre agosto e setembro. O acumulado no ano é de -4,7%. Contudo, as quedas vêm sendo menores a cada trimestre. Das 27 unidades da federação, 13 registraram crescimento entre agosto e setembro. Chama a atenção, positivamente, o setor de Tecnologia da Informação (TI), com crescimento contínuo desde abril.

A pesquisa também divulga o índice de volume de atividades turísticas. Nesse caso, os catarinenses tiveram a terceira maior queda no país quando se compara com setembro de 2015, de – 11,4%. No ano, a redução acumulada é de 7% e nos doze meses de 6,8%. A receita está 8% menor no paralelo com setembro do ano passado. No acumulado do ano, a receita caiu 1,2%.