A propagação mais ágil do M-Payment depende de uma integração maior de todas as pontas da cadeia: bancos, bandeiras de cartão, operadoras de telefonia e comerciantes. É no que acreditam os especialistas. Nos últimos meses, uma série de projetos envolvendo pagamento móvel foi lançado no mercado brasileiro.
Continua depois da publicidade
De olho na população que não tem conta em banco, a operadora Claro lançou um serviço em que o usuário pode “inserir” dinheiro em sua conta de celular e usá-lo em compras.
Leia mais
>> Aplicativos de celular começam a substituir o uso do cartão de crédito
Continua depois da publicidade
>> Tecnologia de pagamento móvel desponta no Exterior
Em outubro, a Cielo colocou no mercado um dispositivo que se conecta, por cabo, ao celular do lojista e o utiliza como uma maquininha de cartões. O objetivo foi oferecer uma alternativa para profissionais liberais, como taxistas e médicos. O cliente pode pagar contas com cartões de débito e crédito.
– À medida que surgem novas alternativas, clientes e empresas vão criando a cultura do mobile payment, e reduzindo desconfianças quanto à segurança das operações – avalia Farlei Heinen, professor do curso de Engenharia da Computação da Unisinos, especialista em dispositivos móveis.
Empresas de tecnologia gaúchas também desenvolvem novidades. A Cigam apresentou, em março, uma atualização de seu aplicativo que permite leitura de código de barras de contas e boletos com a câmera do celular. Agora, o serviço possibilita ao usuário digitar suas despesas e ser alertado do prazo de vencimento.
Continua depois da publicidade
O dispositivo se conecta com o aplicativo do banco e gera um relatório de tipo e frequência dos gastos.
– O serviço já teve 200 mil downloads no Brasil, mostrando que o interesse da população em pagamentos móveis está crescendo – diz Robinson Klein, diretor de mercado da Cigam.
Um dos segmentos em que o pagamento com smartphones avança com rapidez é o das corridas de táxi. O EasyTaxi, aplicativo que vem ganhando adeptos no país, lançou uma função de pagamento móvel. A partir de uma conta previamente cadastrada, o cliente transfere o valor para o taxista.
Continua depois da publicidade
É uma nova opção para pagar o transporte, mas há outras novidades. Dirigindo um táxi há apenas oito meses, Marcelo Salgado equipou o carro com Wi-Fi, o que possibilita que faça cobranças usando seu próprio celular. Uma máquina faz a leitura do cartão do passageiro, e o comprovante é mandado por e-mail.
– Hoje, seis em cada 30 corridas que faço são pagas assim. Mas, como as pessoas usam cada vez mais cartões, a tendência é que aumente – prevê Marcelo.