Já voei para Chapecó ao meio-dia, à tarde e de madrugada sempre em dias de semana. Nunca o avião esteve vazio. Nunca dormi em hotéis fantasmas – e sempre cruzei com estrangeiros por eles. Sinais de pulsação da maior cidade do Oeste catarinense, evidentes até para mim, uma visitante recente. Imagine uma pessoa que há tempos não visita a região.

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Fomos a Chapecó, o diretor de Redação dos Jornais SC, Ricardo Stefanelli, e eu, no início do mês representar o Diário Catarinense em uma série de eventos. É fácil perceber como a construção civil é forte, as universidades pululam, as empresas se multiplicam. Trata-se de uma cidade rica, baseada na agroindústria, mas que hoje tem economia diversificada – quer, inclusive, consolidar-se como pólo tecnológico e de saúde. Os nove voos diários ligando a cidade ao resto do país amenizaram a dificuldade geográfica do Oeste, um oásis distante 553 quilômetros de Florianópolis, 483km de Curitiba e 462km de Porto Alegre, só para ficar nas mais próximas capitais.

Chapecó é uma potência, mas poderia ser muito mais não fosse o isolamento dos grandes centros. É por isso que os veículos do Grupo RBS a partir deste final de semana se unem às vozes da região na reivindicação pelas ferrovias, que poderiam locomover a produção distribuída país afora e exportada para 150 países. São duas: a Norte-Sul e a Leste-Oeste de SC. Nas páginas offline e online do Diário Catarinense e na tela da RBS TV, você poderá acompanhar a importância da ferrovia para o Oeste e também para o Estado de Santa Catarina – a Ferrovia do Frango, por exemplo, cruzará o Estado, passando também por Serra e Vale do Itajaí. Um selo com o título Trilhos para o Futuro vai identificar as reportagens e qualquer outra publicação sobre o tema.

Pelo DC, o repórter Darci Debona e a fotógrafa Sirli Freitas mergulharam na história dos trilhos em solo catarinense. Para realizar as quatro páginas publicadas na edição deste domingo, voltaram a 1910, data da primeira ferrovia de Herval do Oeste, acompanharam seu apogeu na década de 60 e a sua posterior decadência. Entrevistaram lideranças locais, estaduais, federais e escutaram um uníssono discurso.

– É a ferrovia ou o colapso – atesta o presidente da Associação Comercial de Chapecó, Maurício Zolet. Embora o assunto retomada do transporte por trens esteja sendo debatido há 10 anos, Darci, há 12 anos à frente da Redação do DC em Chapecó, viu a discussão se intensificar nos últimos quatro.

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– Uma conjunção de fatores tem colaborado para o projeto sair do papel com urgência: o aumento do custo de produção, o aumento do déficit de milho, o estrangulamento das rodovias. A ferrovia está na pauta da sociedade por aqui – garante o repórter de 39 anos.

Se está na pauta da sociedade de uma região catarinense, está na pauta dos veículos do Grupo RBS. Seguiremos juntos à comunidade até a concretização de mais este sonho.