Conversas em baixo volume, olhares desconfiados e estabelecimentos abertos, mas mantendo a porta trancada. A série de casos de estupros em Biguaçu, na Grande Florianópolis, tem mudado a rotina dos cidadãos. Desde abril deste ano, foram três casos confirmados, registrados na Delegacia de Polícia Civil, além de uma tentativa na semana passada. Mas no boca a boca da população e na troca de mensagens via redes sociais o número passaria de 10.

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Em uma escola pública do município, a direção passou um comunicado aos pais e reforçou junto aos alunos para tomarem medidas de segurança no caminho entre a casa e o colégio. Isso porque um dos casos investigados pela polícia envolve uma estudante de 14 anos. Ela foi atacada por volta das 18h, justamente quando se dirigia à escola para ter aulas no período noturno, há cerca de um mês.

Em outra escola, ontem, na saída do período vespertino, um grupo de adolescentes da mesma idade falou em medo ao citar os crimes.

– É um nervosismo, pois pode acontecer com qualquer um. Estou só no trajeto casa, escola, escola, casa – disse uma menina de 15 anos.

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Em outro caso confirmado pela polícia e que segue em investigação, uma menina de 14 anos foi violentada sexualmente dentro de casa, em meados de maio.