O juiz federal Sergio Moro revogou a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que havia sido detido temporariamente durante a manhã na 34ª fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta quinta-feira. Moro afirmou que PF, MPF e Justiça não tinham conhecimento de que Mantega acompanhava a mulher no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ela passaria por cirurgia. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ela está acometida com câncer em estágio de metástase.
Continua depois da publicidade
Na decisão, o juiz justifica que, considerando que as buscas nos endereços dos investigados já haviam iniciado e que o ex-ministro acompanhava a mulher no hospital, Mantega deve continuar solto, pois não existem “riscos de interferência da colheita das provas nesse momento”.
Moro revoga prisão temporária de Mantega
No cumprimento do mandado de prisão temporária, a Polícia Federal foi até a casa do ex-ministro, em São Paulo, mas não o encontrou. Assim, os agentes foram até o hospital. Moro destaca, na decisão que mandou soltar Mantega, que a prisão foi praticada “com toda a discrição, sem ingresso interno no hospital”.
Por volta das 14h, o ex-ministro saiu da sede da Polícia Federal, em São Paulo, e foi visitar a esposa. As informações são do advogado José Roberto Batochio, que defende Mantega.
Continua depois da publicidade
Veja o despacho na íntegra:
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Eike Batista procurou o órgão para prestar depoimento em maio deste ano. Neste depoimento, o empresário contou que Mantega fez um pedido expresso de pagamento de R$ 5 milhões em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT). O valor seria para pagamento de dívidas de campanha. Ainda segundo o MPF, o depósito foi feito em contas no exterior, no valor de US$ 2,35 milhões.