Nosso Mont Blanc está lá, coberto de neve. Os Alpes se mudaram para o nosso litoral e o Cambirela de gorro branco é a imagem inesquecível deste inverno. Em muito mais de meio século de vida nunca tinha sido testemunha desta inacreditável visão polar: o Cambirela e os altos de Rancho Queimado tingidos de branco por um tapete nevado e pelas mais belas esculturas que o gelo pode assinar.

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A “química” da neve é uma obra de arte da natureza, exigindo delicada conjunção de motivos. Prever neve é sempre muito difícil. Apenas um grau centígrado separa um pingo de chuva de um floco de neve. Numa das piores (e raras) tempestades de neve já havidas na cidade de Londres, em 1982, os jornais ficaram procurando os culpados pela “falta de previsão”. O “creme” caiu em grande volume, bloqueou estradas, fechou aeroportos e deu causa para que milhares de londrinos “enforcassem” o trabalho.