Será a final?

O Estádio Heriberto Hülse volta a ser palco de mais uma memorável decisão do Campeonato Catarinense de futebol. Vencer ou vencer é o objetivo do Tigre para forçar o terceiro jogo. Conseguirá? Por que não? Futebol se ganha utilizando o trinômio: garra, qualidade e gols. Claro que não será fácil, pois do outro lado tem um adversário forte, qualificado e de chegada. O Joinville mostrou quarta-feira como fazer para ganhar do Criciúma. Encontrou o caminho da vitória após algumas análises do técnico Artur Neto. Resta saber se Gonzaga Milioli tirou alguma lição da derrota e sabe o caminho a percorrer para chegar à vitória. Perguntas que só serão respondidas neste domingo, às 15h. A boa fase Dizer que o árbitro Márcio Rezende de Freitas atravessa boa fase em sua carreira, seria chover no molhado. Rezende sempre foi o mais regular dos árbitros brasileiros. Tranqüilidade, bom senso e, sobretudo, interpretação das regras, são qualidades fundamentais para um árbitro. Estes predicados Márcio tem de sobra. É o homem certo para o lugar exato. A torcida Os criciumenses serão tão importantes para o Tigre como foram os joinvilenses quarta-feira, no Ernestão. Como diria o narrador Paulo Branchi, da CBN/Diário: “O torcedor poderá fazer o som hipnótico que ajuda a moldar resultados”. O espetáculo e o próprio Criciúma dependerão muito do show da torcida. Decisões A primeira grande decisão de um Estadual entre as cidades de Joinville e Criciúma, vista pelo colunista, foi em 1968. Comerciário, hoje Criciúma, e Caxias, de Joinville. Houve um terceiro jogo em Florianópolis, campo neutro, vencido pelo Comerciário. De lá para cá, o JEC foi campeão em 87, dentro de Criciúma, e este nunca ganhou um título dentro de Joinville. Seleção O Comerciário, hoje Criciúma, revelou Valdomiro Vaz Franco para o futebol brasileiro, tendo chegado à Seleção e disputado a Copa do Mundo. Joinville deu o goleiro Jairo, que também chegou à Seleção, mas não chegou a disputar uma Copa do Mundo. Título A Copa do Brasil de 1991 foi o maior título conquistado por Criciúma. Nem o Metropol nos seus bons tempos conquistou a então Taça Brasil. O Joinville não passou de algumas boas participações na Série A do Brasileiro, caindo posteriormente para a Segunda Divisão. Internacional Foi o Criciúma também o único clube catarinense a disputar a Copa Libertadores da América representando o país. Este feito dificilmente será superado. Excursão Foi também um representante da cidade de Criciúma a ser o primeiro time catarinense a excursionar pela Europa. O Metropol, em 1962, ficou dois meses no Velho Mundo. Na TV Vanderlei Mior foi um dos grandes nomes do Criciúma durante a década passada. Casou na cidade e permenece até hoje. Será um dos convidados da RBS TV na transmissão deste domingo. Nardella foi o maior ídolo do JEC. Fixou residência em Joinville, trabalha em escolinhas de futebol e é suplente de vereador. Será o outro convidado especial da RBS. Clubes Criciúma foi a cidade até hoje que teve o maior número de clubes disputando o Estadual ao mesmo tempo. Comerciário, Metropol, Atlético Operário e Próspera. Certa vez, o Guatá, de Santana, integrou-se à Liga Atlética da Região Mineira e também se classificou para o Estadual. A dupla A cidade de Joinville sempre foi representada por América e Caxias, no Estadual. Ambos foram campeões do Estado. O Caxias deu Juarez e Vi para o futebol brasileiro. Fizeram sucesso no Grêmio, de Porto Alegre.