Dois caminhoneiros foram resgatados em Itajaí depois de permanecerem em cativeiro por três dias após sequestros em Balneário Piçarras. Os crimes teriam ocorrido na quinta-feira (4), quando os homens foram acionados através de um aplicativo para fazer um frete na cidade. De acordo com a Polícia Militar, as vítimas estavam em locais diferentes ao serem encontradas neste domingo (7).
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A PM, no entanto, acredita que há relação entre os sequestros, já que ambos têm o mesmo perfil.
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Os homens, ainda segundo a Polícia Militar, teriam sido dopados pelos criminosos e, por esse motivo, não se recordam do que ocorreu enquanto estavam em cativeiro. Um deles foi encontrado no bairro Espinheiros depois de pedir ajuda a uma pessoa que estava na região.
A vítima, de 51 anos, estava sob efeito de substâncias e foi encaminhada pelo Samu até uma Unidade de Pronto Atendimento. Após passar por avaliação médica, ela teria relatado que foi sequestrada por ao menos três homens que portavam arma de fogo.
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Durante o período em que estava sob o domínio dos sequestradores, o homem relata ter sido agredido e ameaçado. Ele também lembra de terem ligado para a esposa e solicitado uma transferência de valores, ainda de acordo com a PM.
O homem ficou mantido em cativeiro desde a última quinta-feira até ser, neste domingo, abandonado em uma região de mata, sob efeito de entorpecentes. Ele conta que conseguiu se soltar do local onde foi preso e se deslocou até a rodovia para pedir ajuda.
Pouco tempo depois, um caso semelhante chamou a atenção da polícia, que também foi acionada para resgatar outra vítima de sequestro em Itajaí. O homem de 41 anos relatou o mesmo crime em Balneário Piçarras, onde teria sido abordado por quatro criminosos.
Ele também foi mantido em cativeiro por três dias, sendo encontrado na mesma data que a outra vítima, porém, no bairro Salseiros. O motorista conta que os sequestrados levaram, ainda, o caminhão que ele dirigia, dois semirreboques de cor branca da marca Volvo, o celular que carregava e cerca de R$ 2 mil.
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A Polícia Militar também identificou que uma das vítimas veio de São Paulo, enquanto a outra partiu do Paraná depois de ser acionada para o frete em Balneário Piçarras. Uma delas também contou que, apesar de ter sido dopada, se recorda de ter visto outra pessoa no mesmo cativeiro.
A PM acredita, portanto, que os caminhoneiros estavam juntos e que há possibilidade de serem vítimas de uma mesma quadrilha. A investigação cabe à Polícia Civil, que não retornou à reportagem até a publicação deste texto.
*Estagiária sob supervisão de Augusto Ittner
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