Deve sair em poucos dias a sentença sobre o caso de corrupção na Eletronuclear, empresa controladora das obras na usina nuclear de Angra 3.

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Em junho, o Ministério Público Federal (MPF) pediu condenação do contra-almirante reformado Othon Pinheiro da Silva e de ex-dirigentes das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix por corrupção e lavagem de dinheiro.

Alvo de uma nova operação nesta quarta-feira, Othon é acusado de receber mais de R$ 4,5 milhões em propina para favorecer as duas empreiteiras, quando presidia a Eletronuclear. No caso da Andrade Gutierrez, como o presidente da empresa, Otávio Azevedo, fez delação premiada — inclusive reconhecendo ter pago dinheiro ao contra-almirante — ele poderá ser beneficiado com diminuição da pena na sentença. Azevedo cumpre prisão domiciliar por outros casos de corrupção apurados pela Operação Lava-Jato.

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Já para dois executivos da Engevix foram pedidas penas altas. José Antunes Sobrinho, presidente dessa empreiteira, e Cristiano Kok, executivo, podem pegar até 20 anos de prisão. Kok, em depoimentos, reconheceu ter pago R$ 10 milhões ao doleiro Alberto Youssef para que pagasse propina por obras diversas da Engevix.

— Éramos achacados — disse Kok.

A sentença deve ser dada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, o mesmo que determinou as prisões desta quarta-feira.