Oscilações entre 30 e 40 centímetros na medição do nível do Rio Itajaí-Açu em Blumenau motivaram a equipe técnica da Furb e do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops) a fazer uma manutenção no aparelho instalado na Ponte Adolfo Konder, que une a Ponta Aguda ao Centro.
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Para a equipe técnica a hipótese mais provável é de que o equipamento esteja sujo e, por isso, as variações da leitura _ feitas de 15 em 15 minutos _ estão mais elevadas do que o normal, que costuma ser de um a dois centímetros. Se o problema não for resolvido com a limpeza e manutenção, será preciso implantar um novo sensor submerso, que custa, entre a compra e instalação, cerca de R$ 4 mil.
O procedimento feito durante a manhã desta segunda-feira implica na retirada do lodo, desobstrução dos canos submersos e testes com o sensor. Os resultados das medições feitas antes e depois da manutenção serão comparados e em seguida um laudo deve apontar se o sensor está ou não comprometido. Segundo o coordenador técnico do Ceops, Dirceu Severo, até o fim do dia a equipe já deve ter um parecer sobre a situação do aparelho.
Usado pela primeira vez em 1985, o sensor em questão foi instalado na ponte onde está atualmente em fevereiro de 2012 e desde lá, devido a dificuldade de acesso, nunca passou por manutenção. O equipamento fica protegido por uma caixa, mas como é aberto embaixo, conforme o nível do rio sobe e desce, o compartimento fica cheio de lodo e acaba oxidando o sensor, o que compromete a veracidade das medições.
Caso o equipamento pare de funcionar, Blumenau ainda conta um sensor idêntico instalado no mesmo local, este por sua vez é administrado pela Agência Nacional das Águas (ANA) em parceira com a Epagri, por um radar monitorado por satélite e por uma régua física, instalada na outra margem do rio.
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– Os sensores de pressão são 100% confiáveis. Já o radar depende do sinal do satélite e nem sempre essa medição ocorre. A régua é tão confiável quanto os sensores, mas ali existe o inconveniente de deslocar um técnico para fazer a medição no local hora a hora – pondera o técnico hidrometista do Ceops, Mário Cesar de Oliveira.
Ao todo 17 sensores vão passar por manutenção
Até o fim do mês a equipe do Ceops vai percorrer cerca de 2 mil quilômetros para concluir as manutenções nas 17 estações de monitoramento do Vale do Itajaí. Depois de Blumenau, as próximas cidades do cronograma são Botuverá, Brusque, Gaspar, Indaial, Timbó, Rio dos Cedros, Benedito Novo, Apiúna, Ibirama, Rio do Sul, Rio do Oeste, Pouso Redondo, Taió, Ituporanga, Alfredo Vagner e Vidal Ramos.
Caso chova, o prazo para a conclusão dos serviços pode ser estendido. Mário não repassou qual o valor investido nas manutenções, mas afirma que toda a ação é custeada pela Furb.
Duas ferramentas para medir o nível
Blumenau conta com duas ferramentas para medir o nível do Rio Itajaí-Açu. O resultado está disponível na internet e pode ser acompanhado pela comunidade, em caso de chuvas. Confira abaixo onde obter as informações:
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Alertablu: o nível é medido por uma régua localizada na ponte Adolfo Konder, administrada pela ANA. O resultado é atualizado a cada uma hora e está disponível no site do sistema.
Ceops: O equipamento monitorado pela Furb faz parte da estação telemétrica instalada em Blumenau. O resultado está disponível no site do Ceops.