Para acabar com os constantes e doloridos furos nos dedos de quem precisa medir o nível de glicose, caso dos diabéticos, o Grupo de Engenharia Biomédica da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville, desenvolve um sensor eletrônico para medir o nível de glicose no sangue das pessoas sem que seja necessária a retirada de amostra de sangue.
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A medição é feita por uma espécie de relógio com sensores na pele que transmitem para um aplicativo os resultados sobre a quantidade de açúcar no organismo. A pessoa recebe a medição por meio de um aplicativo acessado por smartphone. Testes com 50 pessoas devem ser realizados até fevereiro do ano que vem.
Idealizador do projeto em parceria com estudantes de pós-doutorado e doutorado, o professor e doutor Pedro Bertemes Filho explica que a novidade é uma medição completamente não invasiva, de baixo custo, para qualquer pessoa monitorar a glicose no seu corpo a qualquer tempo.
Segundo ele, um produto semelhante já foi registrado nos Estados Unidos, mas o erro na medição superava os 60%. A inovação desenvolvida pela Udesc Joinville chega a 92% de acertos. Segundo ele, quanto mais apoio financeiro do governo e iniciativa privada, mais pessoas poderão testar a inovação num menor espaço de tempo em todo país. Inicialmente, foram repassados pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC) R$ 70 mil para os testes, que serão realizados até o ano que vem.
Entre outras pesquisas, o Grupo de Engenharia Biomédica da Udesc em Joinville também desenvolve sistemas de tomografia de impedância elétrica, além de biossensores para medir a poluição de rios em tempo real e detectar câncer de pele.
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