Apesar de ser uma arte milenar, o bonsai só ganhou maior visibilidade no Brasil com o filme Karate Kid, estreado em 1984. Passadas quatro décadas, esse ainda é um universo a ser desbravado no país. Rafael de Souza, morador de Blumenau, sabe bem disso.
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Há 10 anos trabalhando com bonsais, ele foi surpreendido pelo sucesso que fez esse mês ao apresentar em um evento um imponente Junípero Shimpaku Kichu, planta da mesma espécie que a cultivada no longa-metragem pelo senhor Miyagi. O preço também chamou a atenção.
O bonsai foi colocado à venda por R$ 68 mil.
O Junípero Shimpaku Kichu que atraiu olhares e fez ter fila no estande de Rafael durante a Festa das Flores, em Joinville, tem 65 anos. Na metade desse tempo era uma árvore, mas nas últimas três décadas passou a ser lapidado para se tornar um robusto bonsai.
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A planta não foi vendida no evento e já não está mais a disposição para interessados. O bonsai cultivado por Rafael em Blumenau vai ser lapidado para um evento em Curitiba, quando deve ter um reajuste e custar algo na casa de R$ 100 mil.
Rafael conta a história do bonsai do senhor Miyagi
Rafael conta que começou a gostar de bonsais justamente por causa do filme Karate Kid. Numa época sem acesso à internet, como existe hoje, ele encontrou apenas uma revista em uma loja que tratava sobre o tema. A partir dali, começou a estudar a arte, como um hobby, até que virou profissão e negócio.
Hoje, dedica os dias a fazer cursos e também cultivar e lapidar as plantas, que, aliás, mostra com muito amor (veja na galeria abaixo). Ele guarda, inclusive, um dos primeiros bonsais da coleção pessoal.
O blumenauense revela que a maioria dos clientes atualmente é de São Paulo, mas que aos poucos os moradores da cidade começam a se interessar pelos bonsais. E, segundo Rafael, os bonsais produzidos no Brasil já se igualam aos do mercado oriental.
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Não à toa, é possível encontrar na cidade exemplares com preços ainda maiores do que R$ 68 mil.
Veja fotos dos bonsais
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