Senadores de Santa Catarina comentaram nesta quarta-feira (28) o decreto do governo federal que coloca as unidades básicas de saúde do SUS dentro do escopo de interesses do programa de concessões e privatizações no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
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Em entrevista, Esperidião Amin (PP) frisou que ainda precisa conhecer melhor a medida, mas adiantou avaliar a iniciativa “válida em nível de estudo, desde que seja para fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde)”.
O senador disse ainda que “não tem preconceito” com a possibilidade de parcerias com a inciativa privada para as unidades básicas, o que segundo ele já demonstra “bons resultados” na média e alta complexidade de saúde.
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Já o senador Dário Berger (MDB) se manifestou por meio da assessoria de imprensa. Ele declarou que recebia “com surpresa esta informação”. Berger também afirmou que “precisa conhecer melhor a ideia”, mas adiantou que, “preliminarmente, me parece preocupante”.
O senador Jorginho Mello (PL) também se manifestou por meio da assessoria, afirmando que aguarda o estudo avançar um pouco mais para uma melhor avaliação.
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Entenda
O decreto que inclui a política de atenção primária em saúde dentro do programa de concessões e privatizações foi publicado na terça-feira (27) no Diário Oficial da União.
Na prática, o texto prevê que sejam feitos estudos “de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de unidades básicas de saúde”. A ideia do governo é estruturar projetos-piloto para esse tipo de parceria.
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A medida gerou reação de especialistas e entidades em saúde, que temem uma “privatização” na área, hoje um dos pilares do atendimento no sistema público. O decreto é assinado pelo presidente Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
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