Os três senadores catarinenses – Casildo Maldaner (PMDB), Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB) – afirmaram que irão votar pelo fim do voto secreto em todas circunstâncias, para aprovar o projeto sobre o tema enviado pela Câmara dos Deputados que agora precisa ser votado no Senado. Mas só se o projeto for direto para votação, sem alterações. Se for para discutir o assunto na Casa, apenas Casildo manteria desde já a posição por 100% de transparência.

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– O Brasil vive um novo momento histórico na relação entre representantes e representados. E essa relação tem que ser de plena transparência – disse Casildo.

Os outros dois senadores sinalizaram que gostariam de discutir ao menos um ponto, cada um, em que a votação permaneceria secreta. O senador Luiz Henrique tende a se aprofundar na manutenção do voto secreto em indicações de autoridades do Executivo e do Judiciário, como presidentes das agências reguladoras e ministros do Supremo Tribunal de Federal.

– Estou aberto a discutir a manutenção do voto para a indicação de autoridades. Mas antecipo que pretendo votar pelo fim do voto secreto nas decisões parlamentares – disse LHS.

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Bauer gostaria de manter a votação secreta na análise dos vetos que a Presidência pode fazer às leis e emendas aprovadas no Congresso.

– Vou votar pelo fim do voto secreto, apesar de ter alguma ressalva. Há casos, como a análise dos vetos presidenciais, que poderiam permanecer secretos. Qual garantia que um representante do povo tem, votando abertamente contra um veto, de não sofrer algum tipo de represália mais tarde? – disse o tucano.

Está marcada para a próxima quarta-feira a votação da PEC enviada pela Câmara na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Se for aprovada, o plenário do Senado tem cinco sessões para discutir e votar a proposta.

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