Na véspera da sessão que vai discutir, analisar e definir o futuro de Aécio Neves (PSDB-MG) no Senado, os três parlamentares que representam Santa Catarina na Casa evitam falar sobre como pretendem votar. Além do afastamento das atividades no plenário, Aécio cumpre recolhimento noturno, ambos impostos pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado.
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O senador Paulo Bauer (PSDB), que no fim de setembro protocolou um requerimento que pedia caráter de urgência na apreciação do caso, não atendeu aos telefonemas da reportagem ao longo desta segunda-feira. No fim da tarde, por meio do assessor de imprensa, informou que além de não se manifestar sobre a votação, não irá abrir o voto. Ressaltou também que não trabalha com nenhuma estratégia para a sessão.
O mesmo ocorreu com o senador Dario Berger (PMDB), que não atendeu a reportagem, porém, por meio do assessor de imprensa, também já no fim da tarde, informou que ainda não tem intenção de voto e que vai analisar a situação, tanto pelas questões políticas, quando pelas legais, terça-feira pela manhã, quando desembarcar em Brasília.
O senador Dalírio Beber (PSDB-SC), chegou a atender a reportagem, mas como estava em uma reunião, não conseguiu conversar. Até a publicação desta matéria o parlamentar ainda não havia sido localizado novamente para comentar o assunto.
Nesta segunda-feira, conforme a colunista Carolina Bahia, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) entrou com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que a votação seja aberta e com voto nominal.
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O afastamento de Aécio ocorreu quando o STF atendeu ao pedido da procuradoria-geral da República, que afirma que o tucano usaria o poder de parlamentar para interferir nas investigações da Lava-Jato. No último sábado, a Justiça Federal de Brasília concedeu uma liminar referente a uma ação popular que também pedia que a sessão seja aberta.