A provável indicação pelo PMDB do nome do atual líder no Senado, Renan Calheiros (AL), para a presidir a Casa deve resultar no lançamento de um candidato alternativo para disputar o cargo na sexta-feira. Os senadores peemedebistas se reúnem até quinta-feira para homologar o nome de Renan ou definir outro, uma vez que tem a prerrogativa da indicação por ter a maior bancada.

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Nesta quarta-feira, haverá uma reunião entre os parlamentares Pedro Taques (PDT-MT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e João Capiberibe (PSB-AP) para tratar do assunto. Taques disse nesta terça que colocou seu nome ao grupo para disputar a Presidência do Senado, caso o nome indicado pelo PMDB seja Renan Calheiros.

No dia 15, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma investigação do Ministério Público concluiu, em 2007, que o senador teria apresentado notas frias para justificar seu patrimônio. Na época, Renan ocupava a presidência da Casa e renunciou ao cargo.

– Independentemente de qualquer nome, o Senado precisa de renovação. O PDT tem que saber o que quer, se vai ficar vivendo do passado ou olhar para o futuro – afirmou Pedro Taques que tentará, na quinta-feira, convencer a bancada de seu partido a aderir ao seu nome.

Se a candidatura do pedetista se concretizar, a bancada de 11 senadores do PSDB estudará apoio ao parlamentar. O líder do partido, Álvaro Dias (PR), defende uma candidatura alternativa, no caso, a de Pedro Taques.

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Renan Calheiros tem evitado qualquer declaração pública e trabalhado nos bastidores para garantir o apoio da maioria dos senadores. Segundo sua assessoria, ele só dará entrevista depois da decisão da bancada.

As eleições de sexta-feira envolverão, além da presidência, a escolha de outros 10 nomes para compor a nova Mesa Diretora. Além disso, serão escolhidos os novos presidentes e vice-presidentes de 11 comissões permanentes.