“Uma nuvem paira no céu da política catarinense: é o futuro do projeto vitorioso de 2006, que elegeu o governador Raimundo Colombo. O que será? Ninguém arrisca prognóstico, mas uma indefinição prolongada começa a cobrar o seu preço. Faltam seis meses para as eleições. Pode ser cedo para dispor de um projeto completo de governo; mas já se devia pelo menos ter a noção do que se pretende.
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Segmentos importantes do partido se dividem. Uns falam em projeto de candidatura própria. Outros têm reafirmado que o melhor plano de governança para SC é manter em construção o conceito iniciado em 2006 e deverá prosseguir: a coligação. Como contornar a aparente ambiguidade?
Não é um mau exemplo, mas essas coisas acontecem em partidos que acreditam na livre manifestação. A questão é buscar o melhor modelo possível. Para isso, há uma proposta cuja urgência é tão incontestável que não deixa margem para discórdia e que, por isso, exige imediata implementação: a pré-convenção – não prévias!
A oportunidade de realização de uma consulta dia 26 de abril, com a participação dos diversos segmentos que compõem o PMDB, não poderia ser mais flagrante. Afinal, precisamos decidir se continuamos o projeto vitorioso de 2006, tese que esposo, ou se seguiremos outro caminho.
O PMDB terá muito a ganhar com a pré-convenção. É a ocasião propícia para realizar um debate político crucial em condições apropriadas, sem os açodamentos costumeiros, e relativizando de certa forma o peso das influências de cunho personalista.
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Um verdadeiro veredicto obtido num ambiente favorável, produto de uma reflexão isenta e equilibrada, tem certamente maiores possibilidades de consolidar um sistema de governo estável e participativo.“