O senador republicano Peter King, chefe do Comitê de Segurança Interna da Casa Branca, pediu nesta quinta-feira a prisão do jornalista Glen Greenwald, funcionário do The Guardian, que revelou as informações de Snowden e tem contato próximo com o informante.

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Muitos políticos americanos, tanto republicanos quanto democratas, pediram a prisão e a acusação de Snowden por ter exposto os segredos da Agência Nacional de Segurança, mas King é o primeiro a pedir a prisão de um jornalista no caso.

Em entrevista publicada na quarta-feira pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong, Snowden disse que há anos o governo dos EUA viola redes de computadores no território e no resto da China. A reportagem do Post afirma que o americano mostrou documentos “não verificados” que indicam operações americanas cujos alvos iam de universidades em Hong Kong, funcionários públicos e até estudantes no território chinês.

– Já vimos as reportagens relevantes, mas lamento não ter informação para lhe dar sobre isso – disse Hua Chunying, porta-voz da chancelaria, na primeira reação oficial da China a perguntas sobre o caso.

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Para uma fonte anônima que mantém laços com a liderança chinesa, “A China não adotará uma posição definida por enquanto”. Considerando que os presidentes dos dois países participaram de uma reunião de cúpula há menos de duas semanas na Califórnia, a fonte afirma que Pequim “provavelmente evitará usar palavras duras contra os Estados Unidos agora”.

O paradeiro do ex-técnico da CIA é desconhecido. Snowden disse ao jornal que quer permanecer em Hong Kong e lutar contra qualquer solicitação de extradição por parte dos EUA.

A ilha tem um tratado de extradição com os Estados Unidos, mas até o momento o governo americano não apresentou acusações contra o antigo analista da Agência Nacional de Segurança (NSA). Na entrevista, Snowden afirmou que a “NSA realizou mais de 61 mil operações de ciberataques globais, com centenas de objetivos em Hong Kong e na China”

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