Com três ícones das novelas – Malu Mader, Francisco Cuoco e Laura Cardoso – atraindo olhares e selfies na primeira fila do plenário, o Senado promoveu nesta quarta-feira uma sessão especial em homenagem aos 50 anos da Rede Globo na qual o tom central foi a valorização da produção cultural brasileira, além das ações sociais e o caráter de empreendedorismo da emissora. Apesar de criticado diariamente pelos meios de comunicação, o presidente do Senado, Renan Calheiros, aproveitou o evento para repelir tentativas de controle da informação.

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– Quaisquer insinuações, gestos ou atos no sentido de restringir ou inibir a liberdade de expressão, a qualquer título ou a qualquer pretexto, terão uma resposta altiva deste Congresso – afirmou Renan.

Com a presença de três ministros, cerca de duas dezenas de senadores se revezaram ao microfone, entre eles Jorge Vianna (PT-AC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), dois representantes de Estados nos extremos do Brasil, que acentuaram o caráter de integração nacional propiciado pelo alcance e pelos conteúdos da TV Globo.

Dois senadores do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos (PP) e Lasier Martins (PDT) também discursaram. Ana Amelia recordou sua carreira de comunicadora e ressaltou que Roberto Marinho e Mauricio Sirotsky Sobrinho foram visionários por terem percebido a necessidade de mostrar um Brasil muito além do Eixo Rio/São Paulo. Assim, exemplificou, as novelas contribuíram para, com altíssima qualidade, “mostrar a história do nosso rico Rio Grande do Sul”. Lasier Martins também lembrou seus 27 anos na RBS TV, afiliada da Globo, e valorizou a excelência da programação de entretenimento e jornalismo da rede.

Ao encerrar a sessão, o vice-presidente Institucional e Editorial do Grupo Globo, João Roberto Marinho reafirmou que a TV Globo “não defende partidos, religiões, formas de comportamento ou formas de agir”.

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– O que fazemos é acompanhar as mudanças da sociedade, com as contradições que essas mesmas mudanças acarretam, mas sem proselitismos – observou.