O Senado elege nesta sexta-feira o novo presidente e demais membros da Mesa Diretora para comandar a Casa no biênio 2013-2014. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que enfrenta forte oposição da sociedade por ser alvo de denúncias, é favorito e deve ser eleito.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

> Protesto em Brasília pede presidente ficha limpa para o Senado

> Procuradoria envia ao STF denúncia contra Renan Calheiros

> Renan Calheiros articula retorno à presidência do Senado

Continua depois da publicidade

A sessão será conduzida pelo atual presidente, José Sarney (PMDB-AP), e pelos membros da Mesa. Uma vez eleito o sucessor de Sarney, caberá ao atual presidente encerrar a sessão e convocar outra, de imediato, para eleger o primeiro e o segundo-vice-presidentes, quatro secretários e o mesmo número de suplentes, que será conduzida pelo novo presidente.

Os nomes são indicados pelas bancadas partidárias. A prioridade na escolha do cargo está vinculada ao número de senadores diplomados, por bancada, nas últimas eleições. Dessa forma, cabe ao PMDB a indicação do presidente, no caso o líder do partido, Renan Calheiros.

Desde 2003, o comando do Senado é praticamente uma dança das cadeiras entre Sarney e Calheiros, que presidiram a casa quase de modo ininterrupto. No quesito originalidade, o Senado merece nota zero. Confirmado o retorno de Renan nesta sexta, se completará uma década sem que ele ou José Sarney estejam na presidência da Casa. A única exceção é Garibaldi Alves, em 2007: mas ele só foi eleito porque o alagoano renunciou para salvar o próprio mandato. Veja o quadro que mostra os presidentes eleitos para a casa nos últimos 10 anos:

O critério da proporcionalidade partidária não impede a apresentação de candidaturas avulsas ao cargo. Isso é feito oralmente, depois de aberta a sessão deliberativa. O senador Pedro Taques (PDT-MT) deve ser o candidato da oposição. Isso porque o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) desistiu de concorrer ao cargo para apoiar Taques.

Continua depois da publicidade

Uma vez eleito o presidente, a sessão é encerrada e convocada outra, automaticamente, para eleger os demais representantes da Mesa Diretora. Além dos cargos da Mesa, será renovado o comando das 11 comissões permanentes. A votação dos novos nomes para as comissões não precisa, necessariamente, ocorrer nesta sexta-feira.

Caberá aos representantes indicados pelos partidos para cada comissão eleger os presidentes e vice. Também nas comissões cabe a apresentação de candidatura avulsa, que concorrerá com o indicado pelo partido que tem direito, pela proporcionalidade, à indicação.