O dia decisivo para o senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM) no Congresso chegou.

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Com cenário desfavorável e tendência de resultado negativo, ele será julgado nesta quarta-feira pelo plenário do Senado e pode perder o mandato por conta de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A sessão tem previsão de início às 10h, com quórum mínimo de 41 senadores. Logo depois da abertura dos trabalhos, a palavra é passada ao relator do processo no Conselho de Ética, o senador Humberto Costa (PT-PE). Em um discurso de até 30 minutos, Costa vai reiterar as razões que o levaram a recomendar a cassação de Demóstenes. A fala do relator deverá ser permeada pelo teor de diversos grampos da Polícia Federal que flagraram conversas entre o bicheiro e o senador, além do fato de Cachoeira ter dado a Demóstenes um telefone para que mantivessem contato direto e cuja conta era paga pelo próprio contraventor.

Quórum baixo beneficiaria o senador sob suspeita

Depois do relator, Demóstenes terá 30 minutos para se defender perante os colegas. Após a fala dele, cada senador presente tem o direito de se pronunciar, por até 10 minutos. Depois que todos os inscritos encerram seus discursos, dá-se início à votação.

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Para aprovar a cassação, é preciso um mínimo de 41 votos. Esse número representa a maioria absoluta em relação ao número total de senadores (81) e não em relação ao quórum da sessão. Por exemplo, se houver um total de 41 senadores presentes, Demóstenes só perderá o mandato se todos eles votarem pela cassação.

Os senadores gaúchos, Ana Amélia Lemos (PP), Paulo Paim (PT) e Pedro Simon (PMDB), adiantaram ontem que votarão pela cassação do colega:

– Eu voto pela cassação com muito pesar, porque ele foi um grande senador. Só que ele não consegue explicar a vida paralela que levava e a intimidade de relações que tinha com o senhor Cachoeira – disse Simon.