A professora Karina Santos Moreira, de 33 anos, foi uma das três pessoas que morreram por dengue em Joinville em 2021. Ela ficou quase duas semanas internada na UTI e não resistiu às complicações da doença, deixando o marido e duas filhas.
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Em entrevista à NSC TV, Cristiane dos Santos Moreira falou sobre a dor de perder a irmã para a dengue e também recordou das melhores qualidades de Karina. Segundo ela, a irmã sempre foi uma companheira, guerreira e estava pronta para ouvir qualquer pessoa.
– A Karina era um exemplo de pessoa, sempre sorrindo e pronta para ajudar qualquer um. Uma pessoa muito simples, de um sorriso muito fácil. Uma mãe que dava a vida pelas filhas – conta.
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Ela era casada há 15 anos e tinha duas filhas, de 6 e 7 anos. Além de ser uma mãe exemplar, Karina também era muito estudiosa e trabalhava o dia inteiro como professora em um CEI, segundo a irmã Cristiane.
– Explicar para elas (filhas) que a mãe está no céu, como uma estrelinha, e que não poderão dar o presente de Dia das Mães que elas compraram para a Karina, é muito difícil. Mas vou lutar até o fim para criar as meninas dela – desabafa.
Karina foi diagnosticada com dengue em 1º de maio, após ficar oito dias afastada do trabalho por causa dos sintomas. Ela procurou atendimento médico, realizou o exame e o resultado apontou a presença da doença. Ela deu entrada na unidade e foi direto para UTI, devido à condição debilitada.
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Luta pela vida
Foram 13 dias internada no tratamento intensivo até receber a notícia de que tinha conseguido um transplante de fígado, já que o órgão havia sido totalmente comprometido. Ela chegou a ser levada até o Hospital São José, mas faleceu antes de realizar o procedimento.
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– Ela era muito jovem, não tinha doença nenhuma para complicar tanto assim. Vivemos 13 dias esperançosos de que ela ia voltar, mas infelizmente não resistiu – lamenta Cristiane.
Segundo a irmã, as pessoas precisam lembrar dos perigos da dengue e tomar os cuidados em casa para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Ela reforça que se cada um fazer a sua parte, as mortes não acontecerão mais.
– Eu estou aqui hoje para mostrar para as pessoas que é muito doido perder uma pessoa que você ama, que era sua alma gêmea, sua companheira por um mosquito que devastou ela.
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Orientações contra a proliferação
– evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
– guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– mantenha lixeiras tampadas;
– deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– mantenha ralos fechados e desentupidos;
– lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– retire a água acumulada em lajes;
– dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
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