O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta segunda-feira a redução da nota de crédito do país pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s na última sexta-feira, de triplo A para AA+. Os EUA, defendeu Obama, “sempre serão um país triplo A”.

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Em meio às turbulências do mercado financeiro, Obama afirmou que os problemas dos EUA são “solúveis”, mas é necessário vontade política.

Obama afirmou que apresentará “nas próximas semanas” suas próprias propostas para cortar o déficit americano e pediu que os republicanos concordem em aumentar os impostos para os americanos mais ricos.

O índice Dow Jones Industrial Average continuava em queda nesta segunda-feira, de 4,5%, abaixo dos 11.000 pontos, imediatamente depois do discurso do presidente.

Ele disse ainda que a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) de rebaixar o rating de crédito norte-americano deve trazer um “novo senso de urgência” sobre a necessidade de resolver os problemas orçamentários do país.

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– O fato é que não precisamos de uma agência de rating dizendo ser necessária uma abordagem equilibrada e de longo prazo para a redução do déficit: isso era verdade na semana passada, era verdade no ano passado e era verdade no dia em que assumi o governo – disse Obama num pronunciamento.

– E não precisamos de uma agência de rating para nos dizer que o impasse em Washington nos últimos meses não foi construtivo, para dizer o mínimo – acrescentou.

Na noite de sexta-feira, a S&P rebaixou o rating de crédito dos EUA para AA+, de AAA, citando como justificativa o entrave político entre republicanos e democratas durante o debate sobre as possíveis soluções para os problemas fiscais do país.

A Casa Branca criticou a decisão e o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse no domingo que a agência “mostrou uma estonteante falta de conhecimento sobre os cálculos orçamentários” norte-americanos.

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Originalmente, a S&P havia errado em cerca de US$ 2 trilhões a redução no déficit trazida por uma lei sancionada por Obama na semana passada. As autoridades norte-americanas alertaram a agência sobre o erro, mas ela afirmou que, ainda assim, os EUA mereciam ter seu rating rebaixado porque o país não adotou medidas suficientes para diminuir o rombo nas contas públicas. As informações são da Dow Jones.