Ela não apita mais, mas também não sente a menor saudade de estar em campo. Seis anos depois de largar o apito, a ex-árbitra Silvia Regina de Oliveira, 49 anos, é uma das instrutoras Fifa e integrante da Escola de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Natural de Santo André (SP), neste domingo, ela foi escalada para estar no Estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista, com a missão de assessorar a arbitragem.

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Do alto das cabines de imprensa, acompanha a partida e faz um relatório sobre o andamento do jogo e da atuação do trio de arbitragem. Antes de a bola começar a rolar, Silvia conversou rapidamente com o Santa. Ela garante que não sente falta de estar no gramado.

– Não sinto nenhuma saudade. Talvez porque não deixei o futebol. Só estou do lado de fora – afirma.

Visionária, é defensora do uso da tecnologia no futebol para minimizar os erros da arbitragem.

– Sempre fui a favor da tecnologia. É impossível não errar. Então, porque não usar algo que pode auxiliar para minimizar os erros – pondera.

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Ela garante que existe uma tendência grande da aplicação da tecnologia no futebol brasileiro, a começar pela elite nacional. Por fim, ao ser questionada sobre a diminuição de mulheres no comando do apito, como ela fez por 10 anos (entre 1997 e 2007). Segundo Silvia, a questão física é determinante para isso.

– Fisicamente, os testes são muito duros e as meninas têm dificuldades para passar – concluiu.

O Estádio Bruno José Daniel será o palco para Santo André (SP) x Metropolitano, o jogo de ida pelas oitavas de final da Série D do Brasileiro. Uma equipe do Santa está no local e acompanha a partida, a partir das 15h, pelo Twitter.