O espaço da comunidade afrodescendente na sociedade esteve no centro das discussões do Seminário de Promoção da Igualdade Racial, realizado nesta quarta no Centreventos Cau Hansen, em Joinville.
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Palestraram a advogada Flávia Helena de Lima, coordenadora municipal de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Florianópolis, além do historiador joinvilense Dilney Cunha e do presidente do Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes de Santa Catarina, José Ribeiro.
Temas como as cotas para negros em universidades e a discussão em torno da instituição do feriado da Consciência Negra em Joinville – anulado por uma liminar judicial após ser sancionado – foram lembrados.
– As cotas são parte de um processo de políticas afirmativas. Após a chegada ao Brasil, de lá para cá não tivemos referência de volta à nossa identidade. Italianos, portugueses, alemães e japoneses tiveram do Estado brasileiro o auxílio para chegar aqui – comparou José Ribeiro.
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O presidente do Conselho Estadual das Populações Afrodescentes apontou que a instituição do feriado da Consciência Negra poderia estimular a reflexão sobre a condição do negro na sociedade.
– Estamos respirando a questão do feriado. Não só o feriado em si, mas a partir dele poderíamos formar um mosaico de reflexão da nossa sociedade – concluiu.
O seminário foi organizado pela comissão de criação do Conselho da Igualdade Racial e pela Coordenação da Juventude e Direitos Humanos do Gabinete do Vice-prefeito de Joinville. A criação do Conselho Municipal está definida em um projeto de lei de iniciativa do Executivo que já tramita na Câmara de Vereadores.
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