Os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho apontam que Blumenau encerrou a primeira metade do ano com 5.758 novos postos. Em relação ao mesmo período do ano passado, Blumenau registrou uma ligeira queda: em 2013 foram criadas 6.015 postos de trabalho. Os números mostram que o país gerou 588.671 empregos com carteira assinada, um crescimento de 1,45% em relação a dezembro de 2013.
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No município as áreas que mais registraram crescimento foram Serviços e Administração Pública. Na parte de baixo da tabela está a Indústria de Transformação, que mais fez demissões: foram 395 vagas a menos em junho. Na avaliação do professor do Departamento de Economia da Furb, Nazareno Schmoeller, os dados divulgados pelo Caged estão dentro do esperado. Ele explicou que o término da Copa do Mundo pode ter contribuído para a redução nas vagas em alguns setores no país.
– A expectativa era que fechássemos 2014 com 2,5 mil novas vagas. Na cidade há sempre mais demissões no segundo semestre. É normal acontecer isso. No primeiro semestre indústria, setor público e área do fumo contratam bastante. Mas o cenário ainda está dentro do esperado – projetou o especialista.
Ele antecipa que o ano pode encerrar na cidade com os empregos um pouco abaixo do esperado. O fato de a BR-470 ainda não ter sido duplicada dificulta o aumento dos postos de trabalho, em função do escoamento da produção, que poderia ser maior.
– Os municípios de Joinville, Itajaí e a Grande Florianópolis também tiveram um crescimento bom em função da BR-101, que facilita o desenvolvimento. No entanto, dá para dizer que Blumenau ainda vive uma situação de pleno emprego – avaliou.
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Em Santa Catarina o ano fechou com 5.527 novas vagas de trabalho. As áreas que mais empregaram foram Serviços, Indústria da Transformação e Comércio.
No país crescimento acontece em diversos setores
O crescimento ocorreu no Brasil nos sete dos oito setores de atividade econômica, com destaque para o setor de Serviços que gerou no ano 386.036 postos, saldo superior ao registrado no mesmo período do ano anterior (361.180 postos). O setor Agrícola registrou no período a maior taxa de crescimento gerando 110.840 empregos formais, seguido da Construção Civil (73.343 empregos), a Indústria de Transformação (44.146 empregos), a Administração Pública (26.172 empregos), e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (4.867 empregos).
No primeiro semestre de 2014 os salários médios de admissão apresentaram um aumento real de 1,84% em relação ao mesmo semestre de 2013, ao passarem de R$ 1.152,73 em 2013 para R$ 1.173,90 em 2014.