De acordo com o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Fisterol, a substância alucinógena Argyreia Nervosa, que provocou um surto psicótico em um veranista de Itapoá, no Litoral Norte de SC, não está inclusa na portaria 344 de 1998 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que controla a comercialização e produção de substâncias psicotrópicas.
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-Ela não está na lista de substâncias proibidas, pode até estar em análise pela Anvisa, mas nunca ouvi falar-, relatou.
O delegado explicou ainda que é possível que algum componente químico desta planta seja proibido. Algumas plantas alucinógenas proibidas pela Anvisa, podem ser liberadas em situações específicas como em rituais religiosos, por exemplo.
O botânico João Carlos Ferreira de Melo Júnior explicou à reportagem que trata-se de uma planta exótica do Havaí. Porém, seria preciso fazer um estudo aprofundado sobre ela para dar mais detalhes.
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Entenda o caso
Após ingerir as sementes, o rapaz sofreu um surto psicótico e fez a maior bagunça nas casas dos vizinhos. Ele também partiu para cima dos policiais que foram chamados para atender à ocorrência. Os PMs precisaram utilizar uma arma não-letal para imobilizá-lo. Depois de controlado, ele foi encaminhado ao pronto-atendimento da cidade.
A companheira do rapaz relatou aos policiais que ele teria ingerido uma quantidade exagerada de semente de Argyreia Nervosa e teria sofrido uma overdose. O casal fazia parte de um grupo de amigos biólogos de Curitiba que estavam veraniando em uma casa no bairro Barra do Saí, em Itapoá.