“Quando você bebe e dirige, alguém sempre se machuca” é o mote da campanha de conscientização no trânsito lançada este mês pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), com o objetivo de disseminar cada vez com mais força o alerta de que a combinação de álcool com a condução de automóveis é a causa de milhares de mortes em todo o país. A campanha, que atende a Resolução 722 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), será utilizada especialmente durante a Semana Nacional de Trânsito 2018, que inicia nesta terça, dia 18. As peças trazem vários atores representando o sentimento de tristeza causado de acidentes de trânsito com vítimas.

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Um dos impactos positivos da Lei Seca, em vigor no Brasil há 10 anos, é a redução de 2,4% do número de mortes por acidentes de trânsito no país. Os estados que registraram quedas mais significativas foram São Paulo (25,4%), Espírito Santo (21,8%) e Santa Catarina (19%). Mesmo assim, ainda há muito o que fazer. A Semana Nacional do Trânsito, celebrada em todo o território nacional, é marcada por uma série de eventos e ações educativas, promovidas por órgãos e entidades que integram o Sistema Nacional de Trânsito.

Todos os anos o Contran escolhe um tema como pano de fundo para as ações da Semana, e o de 2018 é “Nós somos o trânsito”. A ideia é envolver toda a sociedade na reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Trata-se de um estímulo para que todos os condutores, ciclistas, pedestres e passageiros optem por um trânsito mais seguro. Além disso, visa conscientizar as crianças e adolescentes, futuros condutores de veículos, para a necessidade de uma mudança de hábitos, enaltecendo a tolerância e a gentileza entre as pessoas, especialmente no trânsito.

Na opinião de José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), os acidentes não acontecem por acaso e são frutos de escolhas inadequadas e arriscadas por parte de condutores e pedestres. Para ele, 90% dos sinistros são motivados por falhas humanas como imperícia, imprudência e desatenção. “Somos os responsáveis pelos nossos atos no trânsito e ter consciência clara disso é um dos caminhos para a reversão do triste cenário atual, não só do Brasil, mas de todo o mundo”, avalia. Cada indivíduo precisa refletir sobre seu comportamento e seus deveres enquanto usuário das ruas e vias, e também lutar por seus direitos, como usufruir de estradas seguras e bem sinalizadas.

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