Depois de o Egito mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, a tarefa de auxiliar na aproximação entre grupos palestinos rivais entre si começa a mostrar avanços. Ontem, o Hamas – que controla a Faixa de Gaza – anunciou que libertará 22 membros do Fatah detidos desde 2006, em um gesto para promover a reconciliação.
Continua depois da publicidade
Hamas e Fatah, que governam respectivamente Faixa de Gaza e as zonas autônomas da Cisjordânia, firmaram no ano passado, no Egito, um acordo de “reconciliação nacional”, mas a maioria de suas cláusulas não foram aplicadas.
Após a trégua acertada na semana passada, na qual líderes do Hamas se fortaleceram em detrimento do Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, há uma semana decisiva para os palestinos. Na quinta-feira, Abbas tentará aprovar na Assembleia Geral da ONU uma resolução pelo reconhecimento como Estado Observador. E amanhã, uma decisão judicial francesa mexerá com um ícone da luta pela formação do Estado Palestino. O corpo de Yasser Arafat, morto em 2004, será exumado em Ramallah para determinar as causas de sua morte, na presença de investigadores franceses e especialistas russos e suíços. A viúva de Arafat apresentou uma denúncia na França por assassinato. Há suspeita de envenenamento.