A superlotação na emergência do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, está obrigando a equipe médica a reter macas dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Sem um local para colocar os pacientes que chegam à unidade encaminhados por ambulâncias, o hospital fica com as macas das viaturas nos corredores, o que impede que os veículos saiam para atender novas ocorrências. Apesar da gravidade do problema, o próprio Ministério Público admite que não há solução imediata para esse entrave.
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Na última sexta-feira, a ambulância do Samu ficou mais de uma hora parada na emergência da unidade esperando que a maca fosse devolvida. O coordenador do serviço em Itajaí e Balneário Camboriú, Heimar Osório, diz que este é um problema recorrente.
– Isso já foi motivo de reuniões, mas não há opção. Temos que deixar o paciente na unidade não podemos deixá-lo no chão – explica.
Quando a maca da ambulância está retida e o Samu é chamado para uma nova ocorrência, a equipe pede o apoio dos bombeiros ou orienta quem está junto do ferido a levá-lo de carro até o hospital, em casos de menor gravidade. Quando essas opções também se esgotam, é deslocada uma ambulância de Balneário Camboriú para atender o caso.
– A gente fica de mãos atadas. Como vamos levar um enfartado, um quebrado, sem maca? – questiona.
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Em Itajaí o Samu conta com duas ambulâncias sendo uma avançada (com médico) e uma básica, além de uma maca complementar. Mas mesmo com essa maca extra, as ambulâncias às vezes acabam paradas. No Corpo de Bombeiros a situação não é diferente.
No início deste ano, segundo o comandante operacional do batalhão de Itajaí, capitão Fabiano Neves, a corporação adquiriu duas macas para tentar suprir a demanda de retenções. Hoje, existem cinco macas para três ambulâncias. Mesmo assim ocorre de ambulâncias ficarem paradas esperando o retorno das macas. A situação se agrava com o passar dos anos, devido ao aumento da demanda na saúde, mas não é de hoje segundo o comandante.
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