Um novo massacre entrou para a lista de horrores sírios.
Treze membros da mesma família, a maioria mulheres e crianças, foram mortos no fim de semana, supostamente por forças do governo, em Baida, próximo à cidade costeira de Banias – ambas localidades onde 200 pessoas já haviam morrido em ataques similares há menos de três meses.
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Desde março de 2011, a Síria vive um conflito civil desencadeado por uma revolta pacífica que se transformou em insurreição armada face à dura repressão do regime – o resultado é uma das piores crises humanitárias em duas décadas e sem alívio no horizonte. A região de Banias foi uma das primeiras a se insurgir contra o regime de Bashar al-Assad, mas sua localização na província de Tartus, onde vivem inúmeros alauítas – comunidade do presidente sírio – levou a uma repressão particularmente dura.
No episódio do fim de semana, vítimas podem ter sido queimadas vivas. Outras 90 pessoas morreram no domingo, entre elas 49 rebeldes em confrontos na capital, Damasco, e 18 em bombardeios no noroeste do país. Ontem, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, afirmou que Al-Assad fortaleceu sua posição. Ele classificou a situação como “impasse”, com insurgentes divididos e que estão matando uns aos outros. Grupos jihadistas se tornaram um dos focos de problemas, dominando localidades.
Na semana passada, Cameron anunciou o envio de 5 mil máscaras ao rebeldes para proteção contra armas químicas, mas afirmou ontem que não enviará armas porque a oposição inclui “muitos caras maus”. Enquanto o Ocidente não sabe o que fazer, Al-Assad segue apoiado por Rússia, Irã e pelo Hezbollah, do Líbano.
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