A suspensão dos repasses da prefeitura de Florianópolis para a Cooperbarco, cooperativa que realiza o transporte de passageiros da Lagoa da Conceição para a Costa da Lagoa via navegação, acarretou na redução da oferta de horários pela metade. Das 31 viagens realizadas diariamente de segunda a sexta-feira, apenas 16 continuam sendo feitas pela cooperativa.

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A informação foi confirmada pelo recém-empossado presidente da Cooperbarco, Rubens Onofre Lauriano, em entrevista à rádio CBN/Diário na manhã desta segunda-feira, 12. De acordo com Rubens, o último repasse aconteceu em novembro de 2016.

— O valor do repasse é utilizado para subsidiar as passagens dos estudantes [que pagam apenas metade do valor] e dos idosos isentos, além de ajudar com o quadro de funcionários, a manutenção dos barcos e parte do combustível — afirmou o presidente da Cooperbarco.

O convênio que garantia o repasse de cerca de R$ 35 mil por mês foi assinado pelo ex-prefeito Cesar Sousa Junior, em agosto de 2016. As passagens custam R$ 2,50 para os moradores da região e R$ 10 para turistas, e, para chegar à Costa da Lagoa, só é possível ir pelo serviço de transporte via barco ou a pé por uma trilha com início no Canto dos Araçás.

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— Como [o barco] é o único meio de transporte na região, nos horários de maior fluxo temos duas embarcações. Temos um limite de passageiros determinado pela Capitania dos Portos, então, muitas vezes, um dos barcos vai com apenas dois passageiros. Fica inviável — disse Rubens.

Ainda segundo o presidente da Cooperbarco, o valor arrecadado com as passagens não é suficiente para cobrir os gastos, por isso há a necessidade do aporte da prefeitura.

— A prefeitura afirma que alguns itens não deveriam ter constado na última prestação de contas, enviada pela gestão anterior da Cooperbarco. Estamos conversando, acredito que vai haver uma solução ainda esta semana — afirmou Rubens, que assumiu a presidência da entidade em 2017.

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A Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana confirmou a suspensão do repasse por inconsistência na prestação de contas, alegando que houve gastos diferentes do que está previsto no convênio, mas não deu maiores detalhes. A Secretaria Municipal da Fazenda, por sua vez, informou que, até que termine de auditar as contas da Cooperbarco, os repasses estão suspensos por tempo indeterminado.

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