Desde as 16h, centenas de manifestantes estão reunidos no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo. Eles fecharam a Avenida Faria Lima no momento em que algumas emissoras de televisão desembarcavam com suas equipes para a cobertura. Dentre os manifestantes há faixas da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de partidos políticos como PSTU e PCB.

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– Sem partido – grita a multidão, exigindo que os ativistas ligados a partidos deixem o protesto.

A expectativa é que esta seja uma manifestação maior do que as quatro anteriores em São Paulo, já que houve 190 mil inscritos pelo Facebook. A polícia acompanha a manifestação à distância. De tempos em tempos, há princípios de confusão e algum empurra-empurra em meio à multidão. Os policiais não são da Tropa de Choque, e a promessa é de que não reajam nem usem balas de borracha – a reportagem de ZH não viu policiais com armamento. Aliás, houve uma tentativa de credenciamento de jornalistas para a cobertura, mas não existem coletes azuis disponíveis para todos os interessados.

Um acordo fechado em reunião, nesta manhã, permitiu que os manifestantes usem a Avenida Paulista, a principal de São Paulo. Mesmo assim, alguns ativistas distribuem máscaras com vinagre aos outros, para o caso de utilização de gás lacrimogêneo pela polícia.

Por enquanto, não há uma ordem estabelecida para a multidão. Muita gente usa máscaras estilo Anonymous e pinta o corpo nas cores verde e amarelo. O tempo ajuda: a temperatura está na casa dos 18ºC, sem vento e previsão de chuva, apesar da garoa que caiu mais cedo na capital paulista.

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Entre as frases nos cartazes dos manifestantes, constam “R$ 3,20 é um assalto” e “É o fim da cegueira”.