O governo espanhol admitiu nesta sexta-feira que decidirá nos próximos dias se a crise no setor bancário do país necessita de ajuda econômica externa da União Europeia.

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Segunda na hierarquia do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría disse que o pedido ou não de resgate depende das informações que estão sendo elaboradas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e outras duas empresas de auditoria.

– O governo deve respeitar os procedimentos antes de tomar qualquer decisão – disse Soraya ao sair de uma reunião com os ministros. – Quando soubermos o valor aproximadamente de quanto necessita nosso sistema financeiro, o governo dará sua posição sobre o assunto – concluiu.

Soraya afirma ainda que não há decisões tomadas em nenhum sentido e por enquanto o governo respeitará os procedimentos. O estudo do FMI será divulgado na segunda-feira e os dados das outras duas auditorias no dia 21 de junho. A avaliação destas informações não se limitará exclusivamente aos créditos ao setor imobiliário.

Assim como o primeiro-ministro Mariano Rajoy, Soraya evitou descartar a hipótese de resgate bancário, enquanto na semana passada o governo negava veementemente a necessidade de ajuda externa. Perguntada sobre rumores a respeito de uma conversa telefônica com líderes da zona do euro, Soraya não negou o contato informal.

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