Alguns até arriscaram buzinas. Poucos aplaudiram. Mas o sentimento da maioria dos torcedores da Chapecoense foi de decepção. Nem tanto pela perda do título, mas pela forma como o time deixou escapar o tetracampeonato.
Continua depois da publicidade
Um empate no tempo normal já servia. E o time saiu ganhando, mas sofreu o empate.
– Depois daquele gol, desandou. O time achou que iria ganhar e não jogou mais – disse Gláucia do Prado.
Até o início do segundo tempo a torcida ainda estava confiante. Quem ficou em Chapecó, lotou os bares. O famoso Bar do Boca, reduto colorado, virou concentração da torcida da Chapecoense. A Avenida Getúlio Vargas foi fechada numa das pistas e a banda Mister Magoo animou a torcida no intervalo.
– Vamos passar energia para o Verdão em Florianópolis – disse o vocalista Alemão.
Continua depois da publicidade
No entanto, o gol de Marquinhos calou o torcedores. Sheila Frigheto, que usava um chapéu autografado, roía as unhas. Juliano Jacobsen passava a mão nos cabelos, balançava a cabeça negativamente e suspirava.
Anderson Calvi levou uma bandeira autografada para a Getúlio Vargas. No gol da virada do Avaí, baixou a cabeça. No segundo gol da prorrogação, levantou e foi embora, desolado.
– O time foi longe demais – disse, conformado, Alcério Canan, pois a Chapecoense está na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil de 2010.
Mas outros não aceitavam a derrota. Silvana Biasoli chegou a chorar após o terceiro gol.
– Não é justo, eles foram os melhores durante o campeonato – afirmou.