A terça-feira (4) foi marcada pelo início da paralisação dos servidores municipais em Blumenau. Os trabalhadores permaneceram reunidos em frente à prefeitura desde às 9h e chegaram, inclusive, a fazer uma reunião no Salão Nobre para tentar negociar com o prefeito Mário Hildebrandt (sem partido). Como não houve acordo, os servidores decidiram em assembleia que a greve será mantida nesta quarta.

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De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a expectativa é que nesta quarta-feira apenas um Centro de Educação Infantil (CEI) permaneça fechado, com o retorno das atividades em três escolas que não tiveram atendimento na terça. Entre os CEIs, 18 devem funcionar de forma parcial e 58 integral. Em 12 unidades deve haver atendimento parcial, enquanto outras 38 devem abrir normalmente. O levantamento feito pela administração municipal na área da saúde será divulgado apenas na manhã desta quarta-feira.

Adesão foi maior entre servidores da saúde

A lista divulgada nesta terça-feira pela prefeitura de Blumenau aponta que a mobilização foi maior entre os servidores da saúde. Das 74 unidades de atenção básica, 42 permaneceram abertas. Outras 15 estavam fechadas e 16 tiveram atendimento parcial. Não houve registro de paralisação ou fechamento de outros serviços de saúde.

Na área da educação, a paralisação dos servidores fez com que quatro unidades, entre escolas e Centro de Educação Infantil (CEI), ficassem sem atendimento. Três escolas permaneceram fechadas, nove tiveram atendimento parcialmente afetado e 34 ficaram com funcionamento normal. Entre os CEIs, uma unidade ficou fechada, outras 20 mantiveram atendimento parcial e 56 unidades funcionaram sem qualquer alteração.

A motivação da greve

A principal exigência da categoria é que o salário tenha reposição da inflação, de 5,07%, com pagamento retroativo para a folha de pagamento de maio, mês de vencimento da data-base. A prefeitura afirma não ter como fazer nenhum reajuste de imediato, e mantém a proposta de pagar em janeiro de 2020.

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A decisão de parar os trabalhos foi tomada na última quinta-feira, em assembleia do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb). De acordo com o coordenador do Sintraseb, Sérgio Bernardo, neste ano estão sendo feitos atos descentralizados, com mobilização em vários locais, fazendo diálogo com a comunidade para explicar os motivos da greve.

Segundo a prefeitura, a prioridade é manter o pagamento de salários em dia. O reajuste integral de 5,07% a partir de maio representaria um aumento de R$ 25,3 milhões no fluxo de caixa do município até o final deste ano, e a administração municipal alega que não possui margem financeira para arcar com este impacto.

Acompanhe as informações sobre a greve em Blumenau no Santa