O Joinville já está definido para enfrentar o São Paulo, neste sábado, no Morumbi. No último treino realizado antes do embarque para a capital paulista, o técnico Hemerson Maria revelou qual será o time titular, que terá uma alteração com relação à equipe que empatou com o Palmeiras na última rodada.
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Retornando de suspensão, o volante Naldo retorna à equipe no lugar de Augusto César. Assim, o JEC irá a campo com Oliveira, Mário Sérgio, Guti, Bruno Aguiar e Rogério; Naldo, Anselmo, Marcelo Costa e Marcelinho Paraíba; William Henrique e Kempes.
– Não tem muita coisa para esconder, até pelo que foi trabalhado. Gosto de repetir a equipe, para dar entrosamento – enfatizou o treinador, após a atividade, no CT do Morro do Meio.
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Diante do São Paulo, o JEC vai em busca de dois objetivos: alcançar a primeira vitória pela Série A e voltar a balançar as redes, o que não conseguiu nas últimas cinco partidas. Apesar da ineficiência no ataque, o treinador mantem a confiança em Kempes, que está há nove jogos sem fazer gol.
– Falei com o Kempes nesta semana. Ao natural, não vai acontecer. Ele tem que trabalhar. E ele está trabalhando. Quando ele começar a fazer os gols, o Kempes vai meter para dentro, porque ele é um artilheiro nato e tem muita qualidade.
Confira como foi a entrevista com o treinador
Postura contra o São Paulo
– O Joinville não vai mudar sua maneira de jogar. A nossa ideia, no primeiro jogo contra o Fluminense, era marcar no campo deles – uma marcação que o Joinville está acostumado a fazer. Nos primeiros dez minutos, tivemos maior posse de bola, mas aí passamos a cometer alguns erros que fizeram com que a equipe perdesse a confiança.
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Em relação ao jogo contra o Palmeiras, nós tivemos uma postura muito forte de marcação. Se analisar, Oliveira não fez uma defesa difícil, assim como o Prass. Foi um jogo em que os setores defensivos prevaleceram sobre os setores ofensivos.
Agora, nós reconhecemos a qualidade do São Paulo. É um adversário que tem jogadores de qualidade em todos os setores, a começar pelo goleiro, que pode definir uma partida. Do meio para a frente, são jogadores imprevisíveis: o Pato, o Luís Fabiano, que pode entrar, o Ganso. Os volantes têm muita qualidade no passe. Os zagueiros têm uma média de altura muito elevada. Vai ser um confronto muito difícil.
Se o Joinville quiser ter êxito no jogo, não poderá estar só se defendendo. A tendência é que o São Paulo vá ter mais posse de bola. O que não pode acontecer é que seja desequilibrado: 80% a 20%, 70% a 30%. Aqui, contra o Palmeiras, foi de 60% para eles e 40% para nós. Temos que ter a consciência de marcar o São Paulo, adiantar a linha de marcação, mas, quando tivermos a posse da bola, temos que jogar. ?
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Marcelo Costa e Marcelinho Paraíba
– Marcelo Costa não é um velocista, mas tem muita força. Ele ganha muita jogada no corpo. Se for disputar uma jogada de 30 ou 40 metros contra um volante do São Paulo, provavelmente ele vai perder. Mas, no espaço curto, ele tem arranque. Nós temos dados do GPS. Marcelinho Paraíba e Marcelo Costa correram dez quilômetros no jogo contra o Palmeiras. Foram os atletas que percorreram maior distância no jogo. Isso nos dá noção da importância dos dois para a equipe.
Agora, temos que ajustar o posicionamento. O Marcelo vai jogar mais na armação, o Marcelinho vai chegar mais próximo ao ataque, tendo proteção por trás dos dois volantes (Naldo e Anselmo).
Naldo e Anselmo
– Reconhecidamente, tivemos a melhor dupla de volantes da Série B no ano passado. Hoje, o Anselmo é um dos jogadores que mais rouba bola na Série A. O Naldo teve uma infelicidade no jogo contra o Fluminense, uma jogada em que ele fez a escolha errada de dominar a bola de costas. Mas um erro não pode estar inibindo o Naldo e encobrir tudo de positivo que ele já fez.
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Tem que ter um ajuste dos dois dentro do posicionamento. Ano passado, tínhamos uma maneira diferente de atuar, pois tinha o Everton, que auxiliava. Hoje, pela característica dos jogadores, tenho que recompor melhor. Os dois vão ter uma função mais de contenção. Apesar de um ou de outro ter mais qualidade de saída, eles vão ter que ficar mais na contenção.
A ideia do São Paulo, de repente, não é começar com três atacantes, mas com quatro homens no meio. Aí, temos que preencher melhor o meio de campo para que o setor não seja dominado por eles.
Mário Sérgio
Ele ganhou a vaga pelo dia a dia, pelo trabalho. Não posso estar fechando meus olhos para um atleta que está trabalhando e merecendo oportunidade. Há duas palavras que caminham juntas: merecimento e competência. Ele mereceu ter oportunidade e teve competência de ir bem no jogo contra o Palmeiras. Teve uma atuação segura, principalmente na defesa. Era o primeiro jogo, uma estreia, contra um adversário difícil, e fez tudo dentro daquilo que se esperava.
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O Sueliton é um grande jogador, tanto que foi eleito o melhor lateral do Catarinense, mas, na minha avaliação, teve uma queda de rendimento. Assim como o Bruno Aguiar e o Guti tiveram uma queda durante o Estadual e demos oportunidades para outros jogadores. Não abaixaram a cabeça, trabalharam e retornaram para a equipe. Vai do rendimento de cada um ter sequência ou não.
Kempes
– O Kempes está fazendo aquilo que estou pedindo. Ele não serve só para quando o Joinville tem a bola. Para finalizar, ele precisa ser municiado e, em determinados jogos, a bola não tem chegado para ele. Kempes tem um papel importantíssimo: ajudar na marcação, ajudar na bola parada defensiva. Ele desempenha várias funções.
Não pode estar só nas costas do Kempes a responsabilidade por fazer gols. Quando o Joinville ataca, até o Oliveira participa. Quando defende, o Kempes participa. Falei com o Kempes nesta semana.
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Ao natural, não vai acontecer. Ele tem que trabalhar. E ele está trabalhando. Quando ele começar a fazer os gols, o Kempes vai meter para dentro, porque ele é um artilheiro nato e tem muita qualidade.