A primeira partida do Avaí sem Marquinhos no Catarinense não foi feliz. Com o ídolo cumprindo suspensão, o Leão teve dificuldades e foi goleado por 3 a 0 para o Joinville, na Arena, neste domingo. De quebra, viu o zagueiro Rafael, que defendeu a camisa azurra até a última temporada e era identificado com a torcida, marcar. Na comemoração, o jogador “esqueceu” o passado e celebrou de forma efusiva, batendo nos braços e mirando a maioria dos 7.770 fãs tricolores no estádio.

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A partida poderia dar a liderança do returno para o Avaí, mas os pontos perdidos em Joinville deixam a equipe em terceiro lugar, dois pontos atrás do líder Figueirense. Na classificação geral, o Leão está em quarto, com sete pontos de diferença para a Chapecoense. Já o JEC volta a brigar por uma vaga nas semifinais. Em sétimo lugar no returno, as chances da equipe do Norte aumentam quando é levado o índice técnico em consideração, já que está em quinto, com 21 pontos, um atrás da própria equipe da Capital.

Com o meio da semana reservado para a disputa da Copa do Brasil – o Avaí estreia no dia 10 de abril, contra o Volta Redonda -, o Leão terá uma semana para trabalhar a equipe de olho no clássico contra o Figueirense. No próximo domingo, às 18h30min, na Ressacada, Ricardinho enfrentará o maior rival pela primeira vez. O Joinville, que também jogará o campeonato nacional no dia 10, tem o clássico contra o Criciúma no domingo, às 16h, no Estádio Heriberto Hülse.

Muita marcação e movimentação, poucas chances

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Como era de se esperar, o clássico começou fechado. Com três volantes, o time do técnico Ricardinho começava a marcação a partir do meio-campo e fechava os espaços, dificultando a criação de jogadas do Joinville. Com o setor congestionado, o time da casa buscava alternativas como o lado do campo, em especial o direito, capitaneado pelo trio Marcus Winícius, Fabinho Capixaba e Kim.

E foi justamente na região que nasceu a primeira jogada de perigo da partida. Aos 13 minutos, Arthur Maia cobrou falta para a área e a defesa do Leão tentou fazer a linha de impedimento. A tentativa, porém, foi em vão, e Lima desviou, mas Diego, bem colocado, defendeu em dois tempos. Ao Avaí, cabia o contra-ataque, mas com Nadson, bem marcado, e Reis e Roberson isolados, a força ofensiva do time da Capital foi pouco produtiva. O reflexo disso foi que a equipe conseguiu finalizar apenas aos 30 minutos, em chute de fora da área.

Pouco empolgada, a torcida do Joinville apenas se animou para pedir pênalti. Lima foi lançado e correu na frente de Arlan, mas na hora da conclusão os dois se enroscaram na área e o atacante caiu pedindo pênalti. O árbitro Rodrigo D?Alonso Ferreira não concordou com as reclamações do jogador e mandou o lance seguir.

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Depois da correria, os gols

Na volta para o intervalo, as equipes saíram em busca do resultado e passaram a marcar de forma mais adiantada. Mas as chances continuaram escassas. Aos 12 minutos, uma grande oportunidade para Lima, após um cruzamento da direita, mas o matador testou para o chão, sem direção. Para tentar melhorar o Avaí, Ricardinho promoveu a estreia de Higor, meia emprestado pelo Fluminense e primo de Kaká.

O novo reforço do Avaí, porém, pouco pode fazer e, em menos de cinco minutos, viu o Joinville abrir o placar. Depois de uma jogada que começou pelo lado direito, Arthur Maia deu um belo toque de canhota para Kim, que viu o goleiro Diego hesitar a sair e, veloz, tocou entre as pernas do arqueiro do Leão.

O gol deixou a partida em aberto. Ricardinho fez novas alterações, colocando a equipe mais à frente, mas as mudanças tiveram efeito contrário. Exposto, o Avaí viu Diego ser bombardeado e, aos 26 minutos, viu um ex-ídolo marcar. Depois de um cruzamento, a bola sobrou para Rafael, que emendou de direita, sem chances para o goleiro avaiano. O defensor não se importou por ter marcado contra o clube que defendeu até o ano passado e extravasou na comemoração.

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Mas ainda havia espaço para mais. Aos 33 minutos, quando Kim fez grande jogada e invadiu a área, Alê não se importou em derrubar o atacante. Pela falta, o volante do Avaí recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Na cobrança, Marcelo Costa usou da habitual calma e, com um toque no meio, apenas deslocou Diego. Na hora de celebrar o gol, houve imitação de coelho, em referência à Páscoa.

FICHA TÉCNICA

JOINVILLE (3)

Ivan; Fabinho Capixaba (Anátole), Rafael, Sandro (Jacó), Alex Barros (Pará); Marcus Winícius, Ricardinho, Arthur Maia, Marcelo Costa; Kim, Lima

Técnico: Arturzinho

AVAÍ (0)

Diego; Arlan, Alef, Pablo, Paulinho; Alê, Ricardinho (Rodriguinho), Marrone, Nadson (Julinho); Reis, Roberson (Higor)

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Técnico: Ricardinho

Gols: Kim, aos 17, Rafael, aos 26, e Marcelo Costa (J), aos 33 minutos do 2º tempo

Amarelos: Kim (J); Marrone, Alê (A)

Vermelho: Alê (J)

Arbitragem: Rodrigo D’Alonso Ferreira, auxiliado por Carlos Berkembrock e Rosnei Hoffmann Scherer

Local: Arena Joinville, em Joinville

Público: 7.770

Renda: R$ 104.785,00