A classe política não acompanhou a evolução da sociedade, portanto está tendo dificuldade para dialogar. O Brasil precisa de uma nova política para este novo sujeito político que surge no mundo todo. O brasileiro estudou mais, melhorou a renda e está mais exigente. A juventude está em busca de uma utopia, quer sonhar novamente. O povo quer um Estado mais eficiente, governantes que ouçam a sociedade e entreguem serviços. Requerem políticos que façam política com o povo e para o povo e não políticos que usem a política para benefício próprio.
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Em junho, os brasileiros foram às ruas por algo que ainda não está funcionando. Os manifestantes pediram mudança na gestão, pois estão desiludidos. A falta de infraestrutura de transporte público foi o estopim. No entanto, a dificuldade de se ter serviços de saúde, educação e segurança pública fez parte da agenda dos manifestantes.
O que se viu foi o povo indo à rua por não aguentar mais tanto descaso. Os manifestantes estavam cientes de que não participam das decisões de governo e que elas são de políticos que pouco ou nada conhecem das necessidades dos brasileiros. Não é difícil de entender os pleitos: basta imaginar um cidadão que encara trânsito pesado para ir ao trabalho, chega em casa cansado, leva a criança doente ao posto de saúde e recebe a notícia que não tem médico.
Precisamos de um Brasil do presente e do futuro, que se desenvolva. Temos que enfrentar as desigualdades e procurar, como gestores, levar educação de qualidade, universalizar a saúde e promover uma política de segurança que não discrimine, que troque a força pela inteligência. Precisamos de políticos que entreguem serviços ao povo e não daqueles atrás de cargos. Política é conversar com a massa sobre sua importância para o desenvolvimento. Só teremos plena democracia se a sociedade puder e quiser se manifestar com legitimidade.
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