Um mês após a prefeitura de Recife anunciar que não vai bancar com dinheiro público a Fan Fest, o clima segue de incertezas na capital de Pernambuco – o impasse ainda não foi resolvido.

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A justificativa da prefeitura é que não tem verbas para investir na festa. Segundo o secretário Municipal de Esportes e da Copa do Mundo da cidade, George Braga, a escolha não tem caráter político.

– A decisão é administrativa, foi tomada após uma longa reflexão e se deve à ausência de recursos da prefeitura. Queremos que a festa seja bancada pela iniciativa privada, como em outras cidades – disse o secretário.

Caso empresas particulares não injetem dinheiro, Braga trabalha com a possibilidade de aproveitar a estrutura da festa de São João e usá-la na exibição pública dos jogos – o que já aconteceu durante a Copa das Confederações.

Procurada, a Fifa disse não ter novidades e que o último posicionamento oficial foi dado no Seminário de Seleções em Florianópolis, no final de fevereiro.

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– Se eles (prefeito e secretários) acham que o investimento é muito alto, podemos ajudá-los. Caso Recife realmente não queira, o que eu não acredito e espero que não ocorra, aí será o caso de analisar a situação do ponto de vista legal – disse, na ocasião, Thierry Weil, diretor do departamento de marketing da Fifa.

No contrato entre a Fifa e as cidades-sede, é definido que o município deve ficar responsável por todas as medidas operacionais e logísticas relativas ao parque para fãs da Copa, como cercamento do local, máquinas de raio-x, segurança, banheiros e tendas de hospitalidade para empresas. A entidade máxima do futebol entraria com telões, sistemas de som e palco.

O valor inicial da Fan Fest no Recife era de R$ 20 milhões, mas diminuiu para R$ 11 milhões. Em vez dos 27 dias previstos inicialmente, a prefeitura pensa em 14. O lugar também foi alterado: do Marco Zero, palco mais caro que exige maior estrutura, para o Cais da Alfândega. Algumas cidades procuraram a Fifa para promover o evento caso o Recife opte por não fazê-lo. Uma delas foi João Pessoa.