Sem contra-ataque, sem aproveitar as poucas chances e sem pontuar. O Avaí perdeu para o São Paulo por 2 a 0, no encerramento da segunda rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe azurra sofreu o gol cedo, anotado por Lucas Pratto, e outro nos acréscimos, de Luiz Araújo, e não conseguiu fazer valer a proposta de chegar ao fundo das redes na transição veloz e ofensiva. A alternativa era a bola parada, como a partida mostrou, mas o Leão não soube aproveitá-la. Assim, estaciona no único ponto e na 17ª colocação.
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Na próxima rodada, o Avaí terá o primeiro encontro de catarinenses na competição. Novamente às 20h de segunda-feira, o Leão encara a Chapecoense. O duelo será na Arena Condá – os times se reencontram no estádio menos de um mês depois da decisão do Estadual. Já o São Paulo joga no sábado, contra o Palmeiras, às 19h, no Morumbi.
Bola pra que te quero em contra-ataque. Essa era a proposta do Avaí. Só isso explica o desperdício da chance clara de adquirir vantagem cedo, bem cedo, e em uma jogada ¿normal¿. Aos oito, um lateral da esquerda foi na área e rendeu rebatida do goleiro. A redonda sobrou limpa para Marquinhos, dentro da área, mas o tiro foi sobre a trave. Chance clara que não se perde, e o São Paulo tratou de mostrar que não deveria ser desperdiçada. Três minutos depois, o cruzamento no miolo azul foi ajeitado de cabeça por Marcinho para Lucas Pratto. O argentino encheu o pé e as redes do Leão.
A garoa paulistana apareceu no Morumbi e esfriou ainda mais o Avaí. Passados 15 minutos da rede balançada, os tricolores tomaram conta da partida e tiveram duas finalizações seguidas, uma de Cueva e outra de Pratto, que passaram muito perto do poste direito de Kozlisnki. Sem conseguir o contragolpe, a bola parada foi aliada dos azurras, e de Marquinhos. Ele surpreendeu o goleiro Renan Ribeiro em batida de escanteio, aos 33, mas o gol olímpico ficou no quase e a etapa inicial no 1 a 0 para o time da casa.
Com a vantagem no placar, o São Paulo em alguns momentos chegou a deixar de lado a posse de bola. Entregou a redonda ao Avaí que precisava trabalha-la, inclusive no campo de ataque. Longe da característica da equipe, os azurras gastavam o tempo que o time da casa queria. O Leão não conseguia formatar jogadas e se perdia em finalizações inócuas de fora da área ou em cruzamentos sem destinatários.
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A postura começou a deixar grande parte dos 12.427 torcedores irritados. O São Paulo controlava o jogo — nada além disso — e ainda ficava suscetível ao acerto de uma jogada de ataque azurra. Quando o cronômetro apontava 30 minutos da etapa complementar, o técnico Claudinei Oliveira fez as primeiras alterações. Entraram Wellington Simião e Lourenço, nas vagas de Judson e Diego Tavares. A ideia era fazer surgir a jogada em velocidade. Mas foi novamente a bola parada que fez a equipe de azul chegar um pouco mais próximo do susto ao goleiro adversário.
Depois de uma rebatida da defesa tricolor, Lourenço soltou a bomba que passou zunindo o poste esquerdo Renan Ribeiro. Iury ainda entrou antes do fim, na vaga de Marquinhos, porém o Avaí continuou a acumular tentativas frustradas. No final, quem apareceu foi o goleiro Kozlinski, com duas defesas difíceis. Mas não conseguiu segurar o arremate de Luiz Araújo, já nos acréscimos.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO
Renan Ribeiro; Buffarini, Lugano, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei, Thiago Mendes (Thomaz) e Cícero; Cueva (João Schmidt), Lucas Pratto e Marcinho (Luiz Araújo). Técnico: Rogério Ceni.
AVAÍ
Kozlinski; Leandro Silva, Alemão, Betão e Capa; Judson (Wellington Simião), Luan e Diego Tavares (Lourenço); Romulo, Marquinhos e Denilson. Técnico: Claudinei Oliveira.
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GOLS: Lucas Pratto, aos 11 do primeiro tempo, e Luiz Araújo, aos 46 do segundo tempo (S).
CARTÕES AMARELOS: Thiago Mendes (S). Betão e Luan (A).
ARBITRAGEM: Caio Max Augusto Vieira, auxiliado por Flavio Gomes Barroca e Vinicius Melo de Lima (trio do RN)
PÚBLICO: 12.427 torcedores (total).
RENDA: R$ 311.239,00