O acordo de fusão entre Honda e Nissan pode não acontecer. Após anunciarem na véspera de Natal um memorando de entendimento, há indícios de que surgiram atritos nas negociações.
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Agências de notícias japonesas disseram que a Honda pretendia adquirir a Nissan e torná-la uma subsidiária ao invés de construírem uma holding conjunta. A proposta teria encontrado forte oposição dentro da Nissan.
Sem acordo, a situação da Nissan seria agravada. Em novembro, a companhia relatou a queda de 94% no lucro líquido no primeiro semestre de 2024.
A recuperação nos lucros da Nissan seria uma das condições para a fusão. Um dos objetivos da Honda seria reerguer a Nissan nos EUA, onde ela perdeu terreno para híbridos da Toyota e elétricos de marcas chinesas.
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A Toyota é a maior montadora do Japão, seguida pela Honda e Nissan. Uma fusão de Honda e Nissan criaria a terceira maior montadora do mundo.
A situação preocupa a Renault, que é dona de 36% da Nissan. Um plano de reestruturação levaria ao corte de 20% de sua capacidade global e cerca de 9 mil postos de trabalho.
Enquanto não se manifestam oficialmente, a Nissan estaria aberta a novas negociações. Entre as interessadas cogita-se a Foxconn, de Taiwan, maior fabricante de eletrônicos terceirizados do mundo e que vem investindo pesado no desenvolvimento de carros elétricos.
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Não por acaso, quem lidera o projeto de veículos EVs na Foxconn é um ex-executivo da Nissan, Jun Seki.
As próximas semanas devem ser agitadas, já que Honda e Nissan haviam anunciado informar mais detalhes da fusão no final de janeiro, o que não ocorreu.
Mas a Nissan pode se antecipar e declarar o fim das negociações com a Honda quando divulgar seus resultados do terceiro trimestre de 2024 na próxima semana.
Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficial
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