O mapa dos estádio do Brasileirão está mudando no país. As arenas construídas para o Mundial travam disputa ferrenha pelos jogos dos grands times do Brasil.
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Contrariando expectativas de que se tornaria um elefante branco, o Mané Garrincha se transformou em uma alternativa para clubes cariocas no Brasileirão. Diante da interdição do Engenhão e do impasse envolvendo o consórcio que administra o Maracanã, a arena da capital federal já recebeu dois jogos do Flamengo, atraindo impressionantes 120 mil torcedores ao estádio. Resta saber até quando vai durar essa lua de mel com os clubes.
Na primeira partida, embora o mando de campo do Santos, a renda chegou a R$ 7 milhões – o maior valor de bilheteria registrada no futebol brasileiro. A direção do Flamengo desembarcou em Brasília esta semana para fechar um pacote de seis jogos no estádio. No domingo, o Mané Garrincha recebe o clássico contra o Vasco. A expectativa é de casa cheia novamente. O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, também confirmou o jogo contra o Botafogo no próximo dia 28. Outras quatro partidas devem ser disputadas na cidade: contra Grêmio, Atlético Mineiro, São Paulo e novamente o Vasco.
Além do Flamengo, representantes do governo do Distrito Federal foram procurados por dirigentes do Fluminense e do Botafogo. O secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio Monteiro, avalia que a boa média de público é reflexo da combinação de dois fatores: a torcida até então era carente de futebol e a alta renda per capita na cidade.
– Brasília tinha todos os ingredientes, mas faltava um espaço adequado. Agora temos tudo – comemora Monteiro.
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Além do calendário esportivo, o GDF também aposta na realização de shows e eventos culturais para recuperar o R$ 1,4 bilhão investido na construção da arena mais cara do país. Para este ano, já estão confirmados shows da cantora Beyoncé e da banda Aerosmith. Em junho, o espetáculo Renato Russo Sinfônico levou 45 mil pessoas ao estádio. Até junho de 2014, o GDF deverá lançar um edital de licitação para escolher a empresa que vai gerenciar a programação cultural e esportiva do espaço após a Copa do Mundo.