Em 2012, através do programa Bem-Te-Vi, Palhoça recebeu 10 câmeras de videomonitoramento da Secretaria de Estado Segurança Pública. Segundo o convênio assinado, o município é o responsável pela manutenção. Em virtude da falta de reparos, o sistema parou de funcionar há cinco meses e as câmeras estão desaparecendo.

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Com mais de 150 mil habitantes, Palhoça é uma das cidades que mais cresce no Estado. Apesar disso, o investimento em segurança parece ter um caminho contrário. O sistema de monitoramento é uma ferramenta de combate ao crime, na prevenção e na investigação. A população já começa a sofrer os sintomas de uma região sem vigilância.

– Com as câmeras aumenta a nossa sensação de segurança, mas o que acontece aqui é o contrário. Os arrombamentos estão cada vez mais frequentes – comentou a aposentada Rosângela Rodolfo Mazalli, 57 anos, que reside no Centro.

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A reportagem tentou localizar algumas das câmeras, mas encontrou apenas duas. Em outros pontos havia somente o poste com a caixa do equipamento, mas sem as lentes.

O comandante do batalhão da PM em Palhoça, coronel Aureo Sandro Cardoso, informou que enviou um ofício para a administração municipal no mês de março comunicando os problemas no sistema. Ele reforçou a importância do sistema como um instrumento de auxílio do trabalho policial.

– Estamos entre as cidades de São José e de Santo Amaro da Imperatriz que são monitoradas e aqui não dispomos do mesmo serviço. Tenho um policial à disposição para fazer o acompanhamento das imagens, mas ele não tem como trabalhar – ressaltou o comandante.

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Aureo fez um levantamento e informou que o município precisa hoje de 124 câmeras, incluindo a região sul (Pinheira, Guarda do Embaú), para os 27 bairros.

– O videomonitoramento é uma ferramenta fantástica, mas aonde ele não está presente, nós temos problemas – enfatizou o especialista em segurança pública.

Prefeito pede ajuda à SSP

O prefeito Camilo Martins informou que pediu apoio a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para a manutenção das câmeras. De acordo com o prefeito, seis delas foram retiradas por uma empresa.

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– Conversei com o secretário de César Grubba para conseguir mais 50 novos pontos e a manutenção das antigas. Uma empresa esteve conversando na sexta-feira com o meu chefe de gabinete e esperamos pelo restabelecimento do sistema o mais breve possível – disse o prefeito. ?

Responsabilidade é do município

O coordenador do programa Bem-Te-Vi da SSP, coronel Vânio Luiz Dalmarco, afirmou que teve uma conversa com o prefeito Camilo Martins. O oficial da PM disse que a secretaria não tem como realizar a manutenção das câmeras atualmente.

– Passei o contato para o prefeito de duas empresas que prestam esse tipo de serviço. É a prefeitura que precisa pagar pela despesa de manutenção, porque não temos contratos desta natureza no momento – explicou o coordenador. ???

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Pilares do programa

Prevenção – com implantação de sinalização indicando as áreas vigiadas e com a presença de policiais nas centrais de monitoramento e em outros pontos estratégicos;

Combate ao Crime – quando o crime foi consumado, as imagens das câmeras apontam a localização do criminoso, o que diminui consideravelmente o tempo de reposta da polícia;

Investigação – a visualização das imagens captadas pelas câmeras de qualquer cidade do Estado poderão ser visualizadas pela Polícia Civil, através da internet.

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Fonte: SSP-SC