As novas medidas que estão sendo preparadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para reduzir despesas e dar uma sobrevida às atividades enquanto a instituição aguarda algum sinal de desbloqueio de recursos por parte do governo federal reacenderam a discussão e a preocupação com a universidade.
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Nesta quinta-feira, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar e o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão Vladimir Arthur Fey, reuniram universitários em um dos auditórios da UFSC para apresentar a atual situação financeira da universidade e dar alguns detalhes das ações que podem ser implantadas a partir de 15 de setembro se nenhum valor for desbloqueado pelos ministérios da Economia e da Educação.
A reitoria não revelou toda a lista de medidas, mas confirmou que na relação estão a limitação do Restaurante Universitário (RU) apenas para estudantes carentes e também o cancelamento de eventos como a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), um dos principais eventos de divulgação científica do Estado.
Na reunião, ainda que sob protestos de alguns estudantes que queriam informações mais claras sobre as medidas a serem adotadas e um posicionamento da reitoria sobre os bloqueios aplicados pelo governo federal, o secretário Vladimir Fey expôs números sobre o orçamento da instituição e apresentou a atual realidade diante das restrições financeiras.
De maio a agosto, a instituição já havia adotado medidas como revisão de contratos de limpeza e vigilância, o que resultou em economia mensal de R$ 1,2 milhão.
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A reitoria reforçou os números de que dos R$ 145 milhões que a instituição possuía orçados para gastos de custeio, como limpeza, vigilância, energia e manutenção, R$ 43,5 milhões estão bloqueados. Outros R$ 1,5 milhão do valor destinado a investimentos também foi retido pela União. O valor se soma ainda a R$ 15 milhões de emendas parlamentares que já haviam sido contingenciadas no início de ano, chegando ao número de R$ 60 milhões divulgado pela UFSC como impacto total dos bloqueios. Para o MEC, o contingenciamento se restringe apenas aos R$ 45 milhões de custeio e investimento.
Outro número expressivo é o fato de que a universidade já recebeu R$ 84 milhões dos R$ 101 milhões a que tem direito caso não sejam liberados os recursos bloqueados em maio para a União. Com isso, nesse cenário, restam R$ 17 milhões para a universidade fechar o ano – valor que na prática seria o equivalente a um mês e meio de funcionamento normal.
Todo esse valor se refere à parte que está sob gestão da reitoria do orçamento da UFSC. Há ainda outra parcela, chamada de despesas obrigatórias, que é referente a pagamento de salários e aposentadorias e fica sob gestão do governo federal. Confira abaixo os principais dados apresentados pela secretaria de Orçamento da UFSC na reunião desta quinta-feira e a situação atual do orçamento da UFSC:
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