Para aqueles que imaginavam a classificação do Inter sobre o Santa Cruz logo na primeira partida, em Recife, o 0 a 0 chegou com certa decepção. Com uma atuação apagada, a equipe de Dunga só conseguiu dominar a partida nos 15 minutos finais. E não teve forças para vencer no Arruda. No dia 15, no Estádio Centenário, o Inter precisa vencer os pernambucanos para avançar à terceira fase da Copa do Brasil. O empate com gols eliminará o Inter.
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Minuto a minuto: Relembre os melhores momentos da partida
Diante de um entusiasmado Santa Cruz, que tenta voltar da Série C para a B e cujo último grande jogo ocorreu em 2011, quando foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil pelo São Paulo, o Inter enfrentou algumas dificuldades.
É claro que D’Alessandro faz uma falta enorme ao time de Dunga. E Vitor Júnior, apesar do esforço, não tem o talento do argentino. E foi o substituto do camisa 10 que teve a melhor chance de gol do Inter no primeiro tempo. Aos nove minutos, Fred encontrou Vitor Júnior entrando livre entre os zagueiros, lançou a bola na área e Vitor inexplicavelmente jogou-se contra a bola em vez de permanecer em pé e tentar o arremate. Resultado: com 1m67cm de altura, Vitor Júnior não alcançou a bola.
Enquanto isso, o Santa Cruz empurrado pelos seus torcedores, mantinha a posse de bola e começava a cercar a área colorada, com o moicano descolorido de Flávio Caça-Rato mais Dênis Marques e suas trancinhas. Sorte do Inter que as conclusões pernambucanas quase sempre passavam bem longe do gol de Muriel.
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Com o gramado pesado por causa da semana de chuvas em Recife, o Inter buscava o ataque pelas pontas. Sobretudo pela direita, com Forlán, que cruzava na área e não encontrava ninguém em condições de bater a gol. O campo úmido também proporcionou um escorregão de Moledo e o avanço de Caça-Rato, que acabou derrubado na entrada da área justamente por Moledo. na cobrança de falta de Raul, Muriel fez uma grande defesa. Os donos da casa começavam a pressionar. Aos 44, Willians foi desarmado por Dênis Marques, que cruzou para a área, onde Caça-rato entrou sozinho, mas foi de cara ao chão e perdeu o gol.
O gongo soou o intervalo. Para o bem da equipe de Dunga.
O segundo tempo levou a campo um Inter mais empolgado com a partida. Cada ataque do Santa Cruz ganhava resposta. Forlán e Fred concluíram duas vezes sobre o gol. Os passes errados impediam o Inter de avançar mais e de marcar o primeiro gol. Na casamata, Dunga mordia o lábio, angustiado com o que via em campo.
Enquanto os donos da casa pareciam cansar com o passar do tempo, os ingressos de Caio e de Otávio aceleraram o ataque do Inter. A partir dos 30, os gaúchos passaram a mandar no jogo. Fabrício, em cobrança de falta, e Fred, com um chute de fora da área, só não marcaram porque Tiago Cardoso fez duas grandes defesas. Aos 43, Caio foi derrubado na área, mas o árbitro não marcou o pênalti.
Copa do Brasil – 2ª fase – 1/5/2013
SANTA CRUZ (0)
Tiago Cardoso; Everton Sena, William Alves, Renan Fonseca e Tiago Costa (Nininho, 34’/2º); Anderson Pedra, Sandro Manoel, Raul (Danilo Santos, 26’/2º), Renatinho e Flávio Caça-Rato (Caio Tavera, 17’/2º); Dênis Marques. Técnico: Marcelo Martelotte
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INTER (0)
Muriel; Gabriel, Rodrigo Moledo, Juan e Fabrício; Airton, Willians, Fred e Vitor Júnior (Otávio, 21’/2º); Diego Forlán (Caio, 21’/2º) e Leandro Damião (Rafael Moura, 38’/2º). Técnico: Dunga
Cartões amarelos: Rodrigo Moledo, Gabriel, Vitor Júnior, Fred, Airton (I); William Alves, Anderson Pedra, Tiago Costa (S)
Público: 15.072 torcedores
Arbitragem: Arílson Bispo da Anunciação, auxiliado por Luiz Carlos Silva Teixeira e Adson Marcio Lopes Leal (trio baiano)
Local: Estádio do Arruda, em Recife (PE)